Deus é dos vivos, não dos mortos

João Paulo II assegurou este Domingo que “Deus não é dos mortos, mas dos vivos”, tendo em vista a particular devoção aos fiéis defuntos associada tradicionalmente ao mês de Novembro. Ao dirigir-se a vários milhares de peregrinos congregados na praça de São Pedro, o Papa vincou que Deus “permanece fiel à aliança estabelecida com o homem, aliança que nem sequer a morte pode romper”. “Este pacto, selado na Páscoa de Cristo, faz-se constantemente actual no sacramento da Eucaristia. Nela, portanto, encontra também o seu cume a oração pelos falecidos”, disse. “Ao oferecer por eles a santa missa, os fiéis apoiam a sua purificação última. Ao aproximar-se com fé da santa comunhão, reforçam os vínculos de amor espiritual com eles”, acrescentou. Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor. Após a recitação do Angelus, João Paulo II afirmou que o Brasil deve defender a vida “desde a sua concepção até ao seu termo natural”. As palavras do Papa pedem a promoção da cultura da vida no país, num momento em que tramita no Congresso Nacional o projecto de Lei de Biossegurança. O texto da lei, aprovado no Senado no dia 6 de Outubro, permite a realização de pesquisa com células-tronco embrionárias. Os embriões utilizados devem estar congelados até o dia da publicação da lei e devem ter, no mínimo, três anos de armazenamento.

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