O prelado aponta linhas de ação na assembleia diocesana deste sábado e olha a diocese “sem nostalgias mas aberto ao futuro”
Santarém, 07 out 2017 (Ecclesia) – D. Manuel Pelino definiu as linhas de atuação para o próximo ano pastoral na assembleia diocesana que decorreu este sábado e acredita que o seu sucessor vai pôr os “diocesanos a colaborar na missão”.
Em declarações à Agência ECCLESIA o agora bispo emérito de Santarém, que completa este domingo os 76 anos, sente que a nomeação do seu sucessor foi uma “grande prenda, uma dádiva” e que não precisa de lhe deixar conselhos.
“Sinto que D. José Traquina tem um sentido de proximidade, de alegria e simplicidade que o torna acolhido naturalmente, desde que sinta na diocese a sua família e ponha esta gente a participar ativamente e ter o gosto de ser Igreja, a colaborar na missão é o que desejo”, referiu.
D. Manuel Pelino recordou que foi “acolhido na diocese de Santarém, há cerca de 19 anos, em festa” e acredita que o povo escalabitano também vai acolher D. José Traquina da mesma forma.
Na assembleia diocesana que decorreu este sábado D. Manuel Pelino destacou algumas linhas de atuação que sente como “legado do Concilio Vaticano II mas onde ainda se encontra novidade”.
“Houve apostas na diocese como a proximidade com as paróquias, a formação dos leigos e a prioridade dada à Palavra.
Penso que estamos a dar passos importante e descobrir o encanto da espiritualidade; o espírito sinodal é agora que estamos a pôr em prática, por exemplo, porque temos uma igreja ainda muito piramidal, centrada na hierarquia e não no povo de Deus”, apontou o prelado.
Outra aposta na diocese foi a ordenação de diáconos permanentes que D. Manuel Pelino entende “não tirar o lugar aos sacerdotes mas complementarem-se” e espera que o seu sucessor continue esta aposta.
D. Manuel Pelino afirmou ainda “não estar com nostalgia do passado mas aberto ao futuro”, sente que tem de haver espaço para os leigos, as famílias e os jovens na Igreja e tem como preocupação “encontrar caminhos novos e dentro das minhas forças continuar a servir a Igreja numa condição diferente”.
“Fiz o possível por ter uma relação próxima, positiva e alegre, penso que os frutos não se veem de imediato e que o meu sucessor está na mesma linha de alegria e proximidade, de ver o positivo e não estar só a lamentar o que está mal porque há tantas possibilidades de fazer melhor”, disse D. Manuel Pelino.
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