Maria das Dores Meira acompanha celebração das exéquias, em Leça do Balio
Leça do Balio, Porto, 26 set 2017 (Ecclesia) – A presidente da Câmara de Setúbal elogiou hoje a marca deixada na região por D. Manuel Martins, primeiro bispo da diocese sadina, que faleceu no último domingo e é sepultado esta tarde.
“Deixou uma marca muito, muito forte, como humanista, preocupado com as questões sociais, muito próximo do povo e dos seus problemas”, disse Maria das Dores Meira à Agência ECCLESIA.
A autarca deslocou-se a Leça do Balio, terra natal do falecido bispo, para prestar uma última homenagem a “uma personalidade muito marcante em Setúbal”.
“Era um homem que tocava todos”, assinala Maria das Dores Meira, realçando que D. Manuel Martins “passou maus momentos” sem nunca abandonar o seu povo.
A Câmara Municipal de Setúbal decretou dois dias de luto municipal pelo primeiro bispo da diocese, onde iniciou o seu ministério episcopal no dia 26 de outubro de 1975; a 23 de abril de 1998, o Papa João Paulo II aceitou o seu pedido de resignação ao cargo.
D. Manuel Martins era “padrinho” de escola que tinha o seu nome e foi nomeado “embaixador de Setúbal”, realça Maria das Dores Meira.
“Setúbal deve-lhe muito”, acrescenta a autarca, para quem o falecido bispo foi “um homem com muito humor, que toda a gente recorda com muita saudade”.
O falecido bispo nasceu a 20 de janeiro de 1927, em Leça do Balio, concelho de Matosinhos; foi ordenado sacerdote em 1951, após a formação nos seminários do Porto, seguindo-se a frequência do curso de Direito Canónico na Universidade Gregoriana, em Roma.
Pároco da Cedofeita, no Porto, entre 1960 e 1969, D. Manuel Martins foi nomeado vigário-geral da diocese nortenha em 1969, antes de seguir para Setúbal.
HM/OC