Óbito/Setúbal: Sucessor de D. Manuel Martins diz que bispo conquistou «coração» das pessoas

D. Gilberto Reis evoca «grande sensibilidade e afeto» do primeiro bispo da diocese sadina

Porto, 25 set 2017 (Ecclesia) – D. Gilberto Reis, que sucedeu a D. Manuel Martins como bispo de Setúbal em 1998, recordou hoje uma figura que “conquistou o coração” das pessoas, com “grande amor à Igreja e a Jesus Cristo”.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o bispo emérito de Setúbal disse ter sido “uma graça” ser sucessor do primeiro responsável pela diocese sadina, falecido este domingo aos 90 anos de idade.

D. Manuel Martins tinha uma “grande lucidez de pensamento ao ver as situações humanas, sociais e políticas”, sublinhou D. Gilberto Reis.

Para este responsável, o falecido bispo foi um homem de “grande sensibilidade e afeto” que encontro na península sadina uma situação “difícil”.

Os cristãos de Setúbal viam em D. Manuel Martins uma voz que “os representava”, uma voz que ecoou “em todo o país e mesmo fora dele”, como aconteceu no caso de Timor-Leste, acrescentou.

“A voz dele multiplicou-se porque continua a perdurar no coração das pessoas”, frisou D. Gilberto Reis.

O corpo do falecido bispo está em câmara ardente no Mosteiro de Leça do Balio, terra natal de D. Manuel Martins, que vai ser sepultado no cemitério que se encontra junto ao local de culto.

D. Gilberto Reis tinha estado com o seu antecessor esta quinta-feira, juntamente com a família do bispo.

“Nunca esperei receber a notícia da sua morte este domingo”, confidenciou D. Gilberto Reis.

D. Manuel Martins nasceu a 20 de janeiro de 1927, em Leça do Balio, concelho de Matosinhos; foi ordenado sacerdote em 1951, após a formação nos seminários do Porto, seguindo-se a frequência do curso de Direito Canónico na Universidade Gregoriana, em Roma.

Foi pároco de Cedofeita, no Porto, entre 1960 e 1969, quando foi nomeado vigário-geral da diocese nortenha em 1969, antes ir para Setúbal.

A 23 de abril de 1998, o Papa João Paulo II aceitou o seu pedido de resignação ao cargo de bispo de Setúbal.

O bispo emérito foi agraciado com a grã-cruz da Ordem de Cristo, durante as comemorações do 10 de junho de 2007, em Setúbal, e com o galardão dos Direitos Humanos da Assembleia da República, a 10 de dezembro de 2008.

LFS/OC

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Agência ECCLESIA

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