D. António Marto fala em «tempo de graça, renovação espiritual e pastoral»
Leiria, 08 out 2017 (Ecclesia) – A Diocese de Leiria-Fátima começou hoje a assinalar um ano jubilar, pelo centenário da sua restauração, com a celebração de uma assembleia diocesana, que reuniu cerca de 500 pessoas.
"Vamos iniciar um novo ano pastoral sob o lema “Leiria-Fátima em festa: centenário da restauração da Diocese (1918-2018)”. Ao longo dele, faremos memória jubilosa e agradecida do percurso feito e das maravilhas de Deus, procuraremos fortalecer o sentido de pertença e a comunhão eclesial", escreveu D. António Marto, bispo diocesano, na convocatória da celebração, que decorreu na Sé de Leiria.
O bispo de Leiria-Fátima publicou ainda a carta pastoral ‘A alegria de ser Igreja em Missão’ para o novo ano na diocese, que tem como lema ‘Leiria-Fátima em festa – Centenário da restauração da Diocese (1918-2018)’.
“É uma data que deve ser comemorada, meditada e festejada como tempo de graça e de renovação espiritual e pastoral”, escreve D. António Marto sobre a restauração da diocese, a 17 de janeiro de 1918.
O bispo diocesano apresenta três objetivos para o novo ano pastoral: “avivar a consciência do percurso histórico da diocese nos últimos cem anos e dar graças a Deus; fortalecer o sentido de pertença à comunidade diocesana” e “motivar a vida e a missão eclesial no testemunho e anúncio do Evangelho”.
Na Diocese de Leiria-Fátima, 2017-2018 vai ser um Ano Jubilar como “requer a importância do acontecimento”, sublinha D. António Marto.
A carta ‘A alegria de ser Igreja em Missão’ propõe-se a iluminar esse percurso e ajudar a “vivê-lo com o entusiasmo irradiante da fé”.
“Como povo de Deus somos chamados a fazer memória de uma história de que somos herdeiros, a revisitá-la, a relê-la na perspetiva das maravilhas que Deus realizou no nosso povo e do louvor que elas suscitam em nós tal como acontece na Bíblia”, explica o prelado.
Neste contexto, o bispo diocesano observa que um povo que perde a memória “corta as raízes, perde a consciência da sua identidade”, porque a recordação da história “é fator de identidade, unidade e continuidade”.
Ao celebrarem os 100 anos da diocese, os fiéis vão sentir-se “herdeiros” de um património religioso e espiritual que são chamados a “valorizar e fazer frutificar”.
Sobre a memória, D. António Marto afirma ainda que “é preciso evitar” duas atitudes ou tentações opostas: “Glorificar os êxitos do passado denegrindo o presente” ou “pôr em relevo os erros do passado para exaltar o presente”.
A diocese que vai realizar um Congresso Histórico dedicado ao centenário, a 18 e 19 de maio de 2018, vai também dar a conhecer a sua história num opúsculo e numa Banda Desenhada para crianças.
“Sair, escutar, festejar” são verbos que D. António Marto aponta também na carta para o novo ano para uma “Igreja em saída missionária”.
O programa do ano jubilar inclui, nos dias 20 e 21 de janeiro de 2018, um concerto comemorativo (21h00) e a Missa (16h00), na Sé de Leiria.
A Diocese de Leiria foi criada pelo Papa Paulo II, a pedido do rei D. João III, a 22 de maio de 1545; foi extinta, a 4 de setembro de 1882, por motivos políticos, e restaurada pelo Papa Bento XV a 17 de janeiro de 1918.
A 13 de maio de 1984, por decreto da Santa Sé, recebeu a atual denominação de ‘Diocese de Leiria-Fátima’.
CB/OC