D. António Carrilho desafiou a enfrentar o sofrimento com o «vigor da fé»
Funchal, 22 ago 2017 (Ecclesia) – O bispo do Funchal disse hoje na Missa de homenagem às vítimas do “acidente trágico” na freguesia do Monte que a “vida ceifada” de forma repentina é uma “espada de dor” que fica marcada na vida dos mais próximos.
“Somos desafiados a enfrentar o sofrimento e a morte com o vigor da fé de Maria, junto à cruz do Seu Filho”, afirmou D. António Carrilho na homilia da Missa, na Sé do Funchal.
O bispo do Funchal presidiu esta terça-feira a uma Missa pelas vítimas do acidente que ocorreu no Largo da Fonte no dia 15 de agosto, provocado pela queda de uma árvore de grande porte pouco antes da procissão em honra da Nossa Senhora do Monte, padroeira da Madeira, que provocou 13 mortos e 49 feridos.
D. António Carrilho disse na ocasião que o “trágico acidente” deixou a todos “consternados”, sobretudo porque ocorreu “num momento de tão grande expressão de fé” dos madeirenses, a festa de Nossa Senhora do Monte.
“De forma completamente inesperada, o sofrimento a dor e o luto atingiram muitas pessoas e famílias que vinham prestar o seu voto de gratidão à Senhora do Monte”, lembrou o bispo do Funchal.
“Quando alguém sofre, quando alguém morre, nunca se está longe da paixão de Jesus e cada um é mesmo chamado a unir-se a ela”, adiantou D. António Carrilho na celebração na Sé do Funchal, uma semana após a tragédia na freguesia do Monte.
O bispo do Arquipélago da Madeira lembrou também a “pronta reação de entreajuda” aos que sofreram as consequências da queda da árvore, no Largo da Fonte, na freguesia do Monte.
“Uma rede de solidariedade formou-se imediatamente mostrando que ninguém fica insensível à dor do outro e que a nossa humanidade, ferida pela tragédia, nos congrega e nos aproxima”, sublinhou.
“Esta sã proximidade vence o medo e a indiferença”, afirmou D. António Carrilho.
O bispo do Funchal recordou, na homilia da Missa, a mensagem que o Papa Francisto lhe dirigiu manifestando a sua proximidade ao povo madeirense e referiu o nome das vítimas do acidente do dia 15 de agosto, no Largo da Fonte.
No fim da celebração, a escritora madeirense Graça Alves, leu um texto referente à ocasião, sublinhando o momento de ação de graças que constitui sempre a celebração da Eucaristia, mesmo quando “é difícil” agradecer a dor que se entende, a morte que não se espara e o sofrimento que magoa.
A Missa foi transmitida em direto no canal Youtube da Diocese do Funchal e também pelo Posto Emissor do Funchal, a Rádio Renascença, Rádio Sim e Agência Ecclesia.
PR