Henrique Pinto destaca intercâmbio internacional que pode proporcionar muita «riqueza» às instituições do setor social
Lisboa, 03 ago 2017 (Ecclesia) – A Cáritas de Lisboa está a apostar no desenvolvimento de projetos de voluntariado internacional, e um dos projetos prende-se com a vinda de jovens da La Rochelle Business School, em França.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, Henrique Pinto, responsável pelo setor de Comunicação e Novos Projetos da Cáritas Lisboa, realça que o voluntariado internacional deve ser mais do que “uma moda” uma “riqueza” que pode levar muitas mais-valias às organizações que trabalham no setor social.
A preocupação da Cáritas de Lisboa em torno do tema do voluntariado ganhou ainda mais força a partir do resgate financeiro feito a Portugal, que levou a organização a pensar em novas formas de reforçar o seu trabalho, a missão que desempenha junto das populações.
Henrique Pinto considera que há muito a ganhar com “um voluntariado que possa chegar de longe”, com “novos olhares” e “experiências” que ajudam muitas vezes a “ver e olhar para as situações” de uma forma que “os nossos olhos não viam”.
“Não queremos estar apenas abertos a voluntários jovens, menos jovens, em Portugal neste caso, mas a um voluntariado que possa vir de fora, até porque isso tem a ver com a natureza internacional da organização Cáritas e com a riqueza de leituras, de visionamentos que é preciso manter e desenvolver sempre”, aponta aquele responsável.
O coordenador do setor de comunicação e novos projetos da Cáritas Lisboa vai ainda mais longe e defende que uma instituição deste género deve “viver sem portas, sem janelas, cada vez mais”.
E “que os seus próprios colaboradores em Portugal possam ir trabalhar em Cáritas de fora e vice-versa”.
“Creio que ainda não se tenha feito e poderia ser feito”, sustenta Henrique Pinto.
Um dos voluntários da ‘La Rochelle Business School’ que está envolvido neste projeto de voluntariado internacional, e que repete a experiência, é Thomas Pastor, de 22 anos, que veio colaborar na área da comunicação.
“Nós queríamos vir a Portugal e descobrimos esta oportunidade de trabalhar para a Cáritas. O ano passado foi uma grande experiência e quis regressar para agradecer a confiança que puseram em nós”, realça o jovem voluntário, que em 2016 esteve mais envolvido em projetos de apoio a crianças e idosos.
Thomas Pastor realça ainda o facto de este tipo de projetos ser também uma forma de desenvolvimento pessoal e de preparação para o futuro, onde espera trabalhar mais na área “social”.
“Eu poderia encontrar o mesmo tipo de estágios em França, mas gosto de sair da minha zona de conforto, e de melhorar também o contacto com outras línguas. Aqui tenho o valor acrescentado que é o contacto com as pessoas com quem trabalho”, complementa.
LS/JCP