Açores: Bispo de Angra disse que sociedade conduz o homem à «passividade e à indiferença»

Pico, Açores, 24 jul 2017 (Ecclesia) – O bispo de Angra afirmou que a sociedade moderna fomenta a “passividade e a indiferença” e “o homem foge de Deus”, falando na ilha do Pico.

“Porque é que hoje há tanta fuga a Deus por parte das pessoas? Porque hoje, cada um fica na sua condição sem se deixar libertar. A sociedade conduz-nos à passividade e à indiferença”, disse D. João Lavrador.

Na homilia da festa de Santa Maria Madalena, este sábado, o bispo diocesano explicou que as pessoas deixaram de “se inquietar e de perguntar”, negligenciando um caminho que “as faça encontrar consigo próprias, com Jesus e consequentemente com Deus e com os outros”.

“Hoje não se fazem perguntas porque elas incomodam. Impõem-se preconceitos”, observou.

O bispo de Angra alertou que é preciso “ter a consciência” que a “realização não se consegue só pelas questões materiais” e as pessoas não podem fechar-se em si próprias e o ser humano tem que “procurar muito mais” porque esta cultura “não está a responder ao que de mais intimo o ser humano precisa”.

“Precisamos romper com os preconceitos, nós temos necessidade de fazer um encontro com Jesus Cristo”, acrescentou D. João Lavrador que foi o que Maria Madalena fez.

Segundo o prelado o que faz movimentar Maria Madalena “é o amor” e o amor que “faz muitas perguntas”, “abarca a realidade da pessoa no seu todo”.

“Quando nos aventuramos a fazer este caminho, procurando ir ao encontro do outro, vamos obtendo muitas respostas porque o amor responde à inteligência sem se limitar a ela; responde ao afeto sem se limitar a ele e responde à vontade humana não se limitando à realidade da vontade”, desenvolveu.

Na homilia, o bispo diocesano assinalou que Maria Madalena é “a grande peregrina do amor” e as pessoas descobrem-se “como Maria Madalena, entregando por amor ou a vida não terá sentido”.

O sítio online ‘Igreja Açores’ informa ainda que a celebração na Ilha do Pico foi a “primeira grande festa de verão” da ilha.

De recordar que o Papa Francisco deu novo estatuto à celebração da festa de Santa Maria Madalena, no calendário litúrgico, em 2016.

CB

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Agência ECCLESIA

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