Francisco deixa mensagem por causa das «graves tensões» em Jerusalém
Cidade do Vaticano, 23 jul 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco apelou hoje ao diálogo entre israelitas e palestinos, alertando para as “graves tensões” dos últimos dias em Jerusalém.
“Sinto a necessidade de lançar um forte apelo à moderação e ao diálogo”, disse, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus.
Francisco referiu seguir com “estremecimento” as tensões e a “violência destes dias” em Jerusalém, onde as autoridades israelitas montaram um apertado esquema de segurança após ataques contra a polícia, a 14 de julho.
O acesso à Mesquita de Al-Aqsa está condicionado, não tendo o espaço recebido as orações de sexta-feira pela primeira vez em 48 anos.
O Papa convidou todos a unir-se a ele na oração, “para que o Senhor inspire “propósitos de reconciliação e de paz” na região.
O ângelus é o único compromisso público de Francisco durante o mês de julho.
Na sua catequese desta manhã, o pontífice rejeitou a ideia de uma “Igreja de puros” que julga antes do tempo “quem está no Reino de Deus” ou não.
“O bem e o mal não se podem identificar com territórios definidos ou determinados grupos humanos”, os “bons” e os “maus”, advertiu.
“Somos todos pecadores”, acrescentou.
O Papa Francisco defendeu a necessidade de aprender “os tempos de Deus” e o seu “olhar” sobre a realidade, numa “perspetiva de esperança”.
“Que a Virgem Maria nos ajude a captar na realidade que nos rodeia não só a sujidade e o mal mas também o bom e o belo; a desmascarar a obra de Satanás e sobretudo a confiar na ação de Deus que fecunda a história”, concluiu.
Como habitualmente, o Papa despediu-se com votos de “bom domingo” e “bom almoço” para os peregrinos e visitantes reunidos na Praça de São Pedro, pedindo a oração destes por si.
OC