Rute Silva integra grupo ligado às Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres
Lisboa, 21 jul 2017 (Ecclesia) – A jovem Rute Silva, de 19 anos, usou a costura como forma de dar vida ao seu projeto de voluntariado no Grupo ‘Missão Mundo’ que conhece desde os 12 anos.
“Fiquei muito apaixonada pelo grupo, pelo trabalho, queria muito conhecer, saber e poder ajudar no que fosse preciso”, começa por recordar, em depoimento que integra a mais recente edição do Semanário ECCLESIA, dedicado ao voluntariado missionário.
Rute Silva passou três meses em Moçambique, este ano, num projeto de capacitação ligado à Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres.
“Fiquei apaixonada, queria partir. Sabia que era muito cedo mas queria mesmo era ajudar”, recordou.
Nessa altura a jovem da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Benfica, no Patriarcado de Lisboa, só “queria ajudar” onde fosse necessário e “acabou por deixar o país, para “dar aulas de corte e costura” à população de Manjacaze, na Província de Gaza, Moçambique, para “trabalhar num projeto de autossustento”.
“Finalizamos o curso com um desfile de moda”, acrescenta.
A experiência em África “é muito recente” e deixou memórias de “alegria e simplicidade” de pessoas que, “apesar de bastante pobreza”, dão tudo o que têm.
“Dão-nos aquela alegria, acolhem-nos e é isso que guardo, o carinho no coração de todas as pessoas com quem tive contato, os alunos, as crianças”, afirmou Rute Silva.
Sobre o regresso a Lisboa, conta que sente a falta do “convívio” e da proximidade entre as pessoas.
“Não me arrependo nada de ter ido”, adianta a voluntária, sobre a vivência em Manjacaze, a cerca de quatro horas da capital moçambicana.
Rute Silva recorda ainda que a mãe “sempre apoio muito” este seu desejo.
“Partir sozinha é sempre difícil. Conhecia de ouvir falar, tinha as irmãs à minha espera mas é sempre difícil. Ajudou à integração o acolhimento que tive de todas as pessoas, as irmãs foram como mães para mim”, explicou.
LS/OC
