Mais de mil portugueses dedicam tempo a projetos missionários em Portugal e no mundo, este ano
Lisboa, 21 jul 2017 (Ecclesia) – A Fundação Fé e Cooperação (FEC), da Igreja Católica em Portugal, quer ver reconhecidas as “competências humanas” que os voluntários adquirem, quando estes regressam ao mercado de trabalho.
“A FEC está a trabalhar nos últimos anos em projetos europeus que visam reconhecer as competências dos voluntários”, refere à Agência ECCLESIA a coordenadora da Plataforma do Voluntariado Missionário da fundação, Catarina António.
1403 portugueses vão dedicar-se a ações de voluntariado missionário em 2017: 389 jovens e adultos realizam projetos de voluntariado missionário em países em vias de desenvolvimento e 1014 desenvolve atividades de voluntariado/missão em Portugal.
Catarina António assinala que algumas empresas estão a perceber que” mais do que as competências técnicas, que são essenciais para algumas funções, são necessárias competências humanas”.
“Estes voluntários trazem essas competências humanas. Regressam com novas formas de ser e de estar, muitos deles até continuam a apoiar os projetos a partir de Portugal”, sustenta.
Catarina António, que já foi missionária em Moçambique, Timor-Leste e Brasil, fala na entrevista publicada na mais recente edição do Semanário ECCLESIA das centenas de voluntários portugueses que partem em missão para vários destinos, sobretudo no espaço lusófono.
“Quando falamos de missão, pensamos só na missão ad gentes, para fora, mas nós não contabilizamos só as 389 pessoas que vão para fora. Estamos a falar também de pessoas que se envolvem em voluntariado missionário aqui mesmo no seu país”, precisa.
A responsável da FEC recorda que “ninguém parte de um dia para o outro”.
“É preciso um compromisso, uma preparação, em norma com a duração de um ano”, acrescenta.
A coordenadora da Plataforma do Voluntariado Missionário da FEC observa que, muitas vezes, esta experiência muda “a simples forma de ver as coisas e de estar”.
A experiência de missão de voluntários católicos está no centro da mais recente edição do Semanário ECCLESIA.
LS/OC