Fátima: Um bilhete de comboio para Nossa Senhora na Rússia

Arcebispo de Moscovo recorda ligação especial das aparições de 1917

Lisboa, 20 jul 2017 (Ecclesia) – O arcebispo de Moscovo recordou à Agência ECCLESIA as “resistências” que a mensagem de Fátima encontrou para chegar ao conhecimento dos cristãos russos no século XX.

“Podemos dizer que até aos anos 90, salvo qualquer rara exceção, não se falou. Nos anos 90 retomamos o sentido destas aparições, sobretudo graças a uma peregrinação da imagem de Nossa Senhora de Fátima a meados dos anos 90, que peregrinou por toda a Rússia”, referiu D. Paolo Pezzi, em declarações que são transmitidas hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).

O responsável evoca episódios como a pretensão de um revisor de querer cobrar um bilhete de comboio à imagem de Nossa Senhora de Fátima.

“Um nosso sacerdote levou esta imagem de Nossa Senhora de Fátima de comboio e o revisor disse-lhe, a certa altura: ‘Quem é esta? O que é isto? Tem de pagar bilhete, porque é um peso, ocupa espaço, é como um passageiro…’ O sacerdote disse-lhe: ‘Olhe, a Nossa Senhora não se obriga a pagar bilhete…’”, refere.

O arcebispo de Moscovo observa que esta foi uma “ocasião missionária, evangelizadora, para falar de Fátima e das aparições”

O padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, sublinha que a ligação entre a Rússia e a Cova da Iria vem “desde o início” e tem vindo a crescer.

A peregrinação Internacional de julho, que evocou a terceira aparição de Nossa Senhora, teve como tema “A Virgem Maria, Mãe da Consolação" e sublinha esta ligação da Rússia a Fátima.

De acordo com o testemunho dos videntes, em julho de 1917 Nossa Senhora disse-lhes que, para impedir a guerra, era necessária a consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados.

“O juízo histórico que podemos fazer, que devemos fazer sobre esse acontecimento é a conversão. A Igreja de 1917 respondeu à perseguição com o desafio à conversão. Hoje queremos confirmar isso: é possível dar um sentido também àquela tragédia apenas à luz da nossa conversão a Cristo”, sustenta D. Paolo Pezzi.

O arcebispo de Moscovo recordou em Fátima as perseguições contra cristãos no século XX, alertando para as consequências dos totalitarismos na vida das sociedades.

CB/PR/OC

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Agência ECCLESIA

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