Fátima: Aparição de julho teve «significado especial» para a Rússia

D. Clemens Pickel, bispo de Saratov, presidiu à Missa da vigília da peregrinação internacional

Fátima, 12 jul 2017 (Ecclesia) – D. Clemens Pickel, bispo de Saratov, na Rússia, sublinhou hoje em Fátima o “significado especial” da aparição de 13 de julho de 1917, em particular para as comunidades cristãs da antiga União Soviética.

“O encontro com a ‘Senhora’, a 13 de julho de 1917, teve um significado especial. Maria comunicou um segredo e falou da Rússia”, recordou o responsável, na homilia da Missa da vigília da peregrinação internacional aniversária.

O responsável é um dos seis bispos católicos de língua russa presentes na Cova da Iria, a que se somam o administrador apostólico do Turquemenistão e cerca de 80 peregrinos, 45 dos quais jovens oriundos de vários países como Bielorrússia, Cazaquistão e Turquemenistão.

“É com grande comoção interior que hoje, Peregrinos da Rússia, estamos aqui convosco. Temos consciência de que neste lugar, exatamente há 100 anos, a Virgem Maria se encontrou com os Pastorinhos”, disse D. Clemens Pickel, falando em russo, numa intervenção posteriormente traduzida para português.

Evocando a aparição de 13 de julho de 1917, o prelado sublinhou que hoje se diz que a “Rússia se converteu”.

Segundo o testemunho dos videntes de Fátima, a Virgem Maria falou da necessidade da consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração e da comunhão reparadora nos primeiros sábados.

“A própria Irmã Lúcia confirmou que a consagração ao Imaculado Coração de Maria feita por São João Paulo II correspondeu completamente ao que a Mãe de Deus tinha pedido”, observou o bispo de Saratov.

Para este responsável, Fátima não é um “capítulo de 100 anos na história da Igreja e da humanidade” que agora se encerra, mas uma mensagem que mantém a sua atualidade e

é “conhecida em todo o mundo”.

“É uma oração de reparação. Podemos traduzi-la em diferentes línguas, mas também a podemos traduzir na nossa vida. É isso que fazem muitos daqueles que, ajoelhados, se aproximam da Capelinha. Muitos regressam daqui para suas casas e mudam a sua vida, para bênção do mundo”, acrescentou.

Além da peregrinação dos bispos católicos dos países de língua russa, no ano do Centenário das Aparições, o Santuário de Fátima acolhe 140 grupos organizados, oriundos de 27 países.

As celebrações que evocam a terceira aparição aos pastorinhos concluem-se esta quinta-feira, com a Missa presidida pelo arcebispo de Moscovo, D. Paolo Pezzi.

OC

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Agência ECCLESIA

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