Deputados europeus ainda tentam incluir o legado do Cristianismo no texto do Tratado Constitucional

Processos nacionais de ratificação do Tratado Constitucional podem ser a solução Um dia antes da assinatura do Tratado Constitucional em Roma, diversos Deputados do Parlamento europeu lançaram um apelo conjunto aos Chefes de Estado e de Governo para que “correspondam aos apelos da sociedade civil no sentido de apoiarem a inclusão da referência ao Legado do Cristianismo” naquele documento. José Ribeiro e Castro, um dos mais destacados defensores desta iniciativa no seio do Parlamento Europeu lamentou que os cidadãos que efectivamente compõem o eleitorado sejam ignorados. Uma petição da sociedade civil reuniu 1.300.000 assinaturas individuais de cidadãos de 23 Estados. A este número acresce o apoio de 55 ONG’s que representam 55 milhões de europeus. “Ignorar esta petição popular não augura nada de bom para a democracia europeia”, declarou Ribeiro e Castro. “Tudo isto, em conjunto com a presente situação institucional na União Europeia, pode conduzir a uma crescente convicção de, em nome de uma dita ‘tolerância’, instalar a intolerância contra o Cristianismo”, acrescentou, “nomeadamente porque aqui, nesta matéria do Preâmbulo, o que parece existir é uma negação básica da história, da cultura e da realidade”. “Se esta intolerância se desenvolver”, concluiu, “tratar-se-á paradoxalmente da própria intolerância contra o espírito do personalismo cristão que deu origem aos valores inscritos no artigo 2.º da Constituição”. Por iniciativa de Ribeiro e Castro, Miroslav Mikolasik (Eslováquia) e Simon Busuttil (Malta), foi enviada uma carta de agradecimento aos líderes dos sete países que mantiveram o apoio à referência ao legado do Cristianismo (Malta, Lituânia, Portugal, Polónia, República Checa e Eslováquia). Espera-se que esta carta possa sensibilizar outros Estados para esta questão, entre os quais a Irlanda e a Grécia. A novidade desta carta conjunta reside no facto de fazer apelo a que a referência clara ao Legado do Cristianismo conste dos processos nacionais de ratificação do Tratado Constitucional.

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