Fundação Raoul Wallenberg sublinhou papel da instituição católica durante II Guerra Mundial
Cidade do Vaticano, 31 mai 2017 (Ecclesia) – O Pontifício Colégio Português, em Roma, foi distinguido esta terça-feira com o título ‘Casa de Vida’, da Fundação Raoul Wallenberg, reconhecendo o papel da instituição católica durante a II Guerra Mundial no acolhimento aos perseguidos pelo regime nazi.
A cerimónia decorreu nas atuais instalações do colégio, propriedade da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), com a presença do cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, presidente da CEP; do reitor da instituição, padre José Caldas; e da vice-presidente da Fundação Internacional Raoul Wallenberg, Silvia Costantini.
O jornalista português António Marujo, que em 2012 deu a conhecer a história do padre Joaquim Carreira e o seu acolhimento no Colégio Português de perseguidos pelo regime nazi, e Luigi Priolo, um dos beneficiários ainda vivos do acolhimento, também estiveram presentes.
A vice-presidente da Fundação Raoul Wallenberg disse que este momento serviu fundamentalmente para “celebrar a memória do bem e honrar os que ajudaram os perseguidos”.
Silvia Costantini falou do Pontifício Colégio Português como “uma casa que testemunha a coragem dos heróis silenciosos”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA pela instituição católica.
A distinção ‘Casa da vida’ é atribuída a nível institucional depois de o padre Joaquim Carreira, vice-reitor e reitor do Pontifício Colégio Português entre 1940 e 1954, ter sido considerado ‘Justo entre as Nações’ a título póstumo, em 2010, pelo Memorial do Holocausto.
O padre Joaquim Carreira foi recordado pelo seu sobrinho, padre João Mónico, e por Luigi Priolo.
Entre as pessoas que ficaram escondidas no colégio, de setembro de 1943 a junho de 1944, para além de judeus, havia socialistas, resistentes antifascistas e outros cidadãos italianos que se opunham ao nazi-fascismo.
OC