Coimbra: Bispo destaca Papa que toca mesmo «os agnósticos e indiferentes»

D. Virgílio Antunes celebrou festa diocesana das famílias e recordou vinda de Francisco ao Santuário de Fátima

Coimbra, 15 mai 2017 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra realçou este domingo os apelos que o Papa Francisco deixou, em Fátima, de cuidado pelos mais marginalizados e de empenho na oração.

Na homilia da Missa da Festa Diocesana das Famílias a que presidiu na localidade de Febres, D. Virgílio Antunes realçou que mesmo “uma pessoa que não viva na perspetiva da fé e do Evangelho sente-se tocada pela ação humana, próxima, na caridade, no coração, do Papa Francisco”.

“Os agnósticos e indiferentes destacam sempre a atenção do Papa aos mais pobres, às periferias da humanidade, é aquilo que os toca”, referiu o prelado, numa intervenção publicada pelo gabinete de comunicação da Diocese de Coimbra.

Durante a sua vinda ao Santuário de Fátima, nos dias 12 e 13 de maio, o Papa argentino lembrou os “desterrados” deste tempo, os que sofrem longe da atenção da sociedade, nos mais variados meios.

Francisco deixou uma mensagem particular para os doentes presentes nas celebrações da Cova da Iria, a quem considerou “tesouros da Igreja”.

Um dos momentos mais marcantes desta viagem, inserida no Centenário das Aparições, foi a chegada do Papa à Capelinha das Aparições, em que rezou diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima durante largos minutos, perante um recinto envolto em silêncio.

Na sua intervenção, este domingo em Febres, o bispo de Coimbra frisou que sem esta componente da “espiritualidade”, é impossível que os crentes “se sintam no mundo como Igreja, como uma família cristã”.

“A falta de oração pessoal, familiar e comunitária” será “sempre sinal de abrandamento da força da fé. Mesmo dentro da nossa Igreja por vezes pensamos em mudar a nossa casa, o nosso mundo, sem o Senhor”, apontou aquele responsável.

O bispo de Coimbra acrescentou a que a dimensão prática do Evangelho, que chega do Papa argentino, tem de “aplicar-se” também à Igreja Católica e das suas comunidades.

“Não podemos ficar tranquilos se nos dedicamos ao uso da Palavra apenas nas instituições eclesiais, é preciso sair”, frisou D. Virgílio Antunes.

Durante a 21.ª Festa Diocesana das Famílias, no Concelho de Cantanhede, o bispo de Coimbra reforçou que só uma “espiritualidade enraizada em Jesus Cristo” permite “levar a vida até às últimas consequências”, na família, na sociedade.

Algo essencial quando a “situação não é nada famosa no país, na diocese, na Europa, no mundo”.

“Estamos num tempo em que precisamos mais de ver e assimilar a Boa nova, o Evangelho de Cristo, do que rejeitar, julgar o que se passa à nossa volta”, defendeu aquele responsável, voltando depois ao contexto das famílias para citar a exortação apostólica ‘A alegria do amor’.

Um documento em que Francisco sublinha que, em vez de pensar na família “como um problema”, é preciso encará-la como “uma boa nova, uma feliz notícia”.

Também “como lugar de promoção da fraternidade, da caridade e portanto da vida”, completou D. Virgílio Antunes.

JCP

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