Fátima 2017: Papa Francisco e Marcelo Rebelo de Sousa trocam presentes em Monte Real

Dois responsáveis quiseram marcar encontro com ofertas alusivas ao Centenário das Aparições

Monte Real, 12 mai 2017 (Ecclesia) – O Papa e o presidente da República trocaram hoje presentes, depois da chegada de Francisco a Portugal e à Base de Monte Real, para presidir ao Centenário das Aparições e à canonização de Francisco e Jacinta Marto.

O presidente da República ofereceu a Francisco um oratório de madeira, com uma imagem de Nossa Senhora de Fátima; enquanto o Papa argentino concedeu a Marcelo Rebelo de Sousa um mosaico dedicado aos 100 anos das aparições.

De acordo com a sala de imprensa da Santa Sé, este mosaico “é uma interpretação de um desenho que representa simbolicamente a história e a natureza contemporânea das Aparições de Nossa Senhora de Fátima”.

Esta obra, produzida pelo Estúdio do Mosaico do Vaticano, “representa na parte inferior os três pastorinhos”, Francisco, Jacinta e Lúcia, “em oração perante a Virgem”.

Por cima, com um “enquadramento composto pelas velas de milhares de peregrinos, em procissão” no Santuário de Fátima, vemos a imagem de Maria, “a Senhora de Branco”, representada em cima da azinheira onde há 100 anos atrás, apareceu aos três videntes.

O contraste entre o dia (na representação dos pastorinhos) e a noite (patente na ilustração da procissão das velas), pretende realçar “que a luz oferecida há 100 anos àquelas crianças por Nossa Senhora do Rosário é renovada pela oração que a ela é oferecida hoje pela Igreja”.

No que diz respeito à oferta feita por Marcelo Rebelo de Sousa ao Papa, o oratório de madeira foi encomendado à Fundação Ricardo Espírito Santo, e é acompanhado por uma imagem de Nossa Senhora.

Na sua passagem pela Base Aérea de Monte Real, o Papa argentino ofereceu à capela daquela estrutura militar uma representação em marfim branco de São Francisco de Assis, o santo franciscano de quem retirou a inspiração para o nome com o qual quis marcar o seu pontificado.

A Santa Sé adianta que este baixo-relevo, que retrata o santo a rezar no meio da natureza, “pode muito bem ser considerada uma tradução figurativa de um episódio decisivo na vida de São Francisco”, na chamada “Legenda Maior”.

Nesse passo, Francisco está a rezar ao lado do monte Alverne, e vê Cristo na aparência de um anjo crucificado”.

Um acontecimento que muito o “impressionou” e que o autor deste baixo-relevo quererá ter imortalizado com um retrato que “transpõe com sucesso” toda a “força expressiva” de São Francisco.

A obra quer desta forma realçar “o sentido da participação absoluta no sofrimento de Cristo”, que São Francisco transportou consigo durante o resto da sua vida, através “do dom dos estigmas”, recorda a Santa Sé.

JCP

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