Igreja/Portugal: D. Pio Alves avalia seis anos de trabalho «positivo» na Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais

«Verdade» deve ser «critério supremo de atuação» dos media católicos

Porto, 24 abr 2017 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, da Igreja Católica em Portugal, afirmou que o “saldo” de seis anos de trabalho “é, claramente, positivo”, havendo “muito caminho para andar” nestas três áreas.

D. Pio Alves fez à Agência ECCLESIA um balanço de dois mandatos à frente da comissão que acompanha o trabalho da Igreja Católica nas áreas da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, num momento em que a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) se prepara para eleger novos órgãos de direção, para o triénio 2017-2020.

“Ao longo destes seis anos resolveram-se questões mais ou menos complicadas que surgiram ao longo do caminho. Em qualquer uma delas o saldo é claramente positivo e em todas há muito caminho para andar”, disse o bispo auxiliar do Porto.

D. Pio Alves explica que a comissão não tem “legitimidade” para se intrometer na vida das dioceses, mas procura “criar sensibilidade, oferecer formação” e “criar sinergias”.

Sobre o futuro no Secretariado das Comunicações Sociais, considera que há um esforço de continuar uma “maior sintonia, congregação de esforços, entre os serviços” que já funcionam, “respeitando a diversidade” de cada uma das instituições e “não anulando nenhuma”, bem como no trabalho com as dioceses.

Para existirem mais parcerias e sinergias, o bispo- auxiliar do Porto sublinha que as vontades têm que “estar todas do mesmo lado, sem que ninguém se anule” percebendo que se pode fazer “mais e melhor conjugando esforços”.

“Há trajetos e metas que foram alcançadas mas há, claramente, ainda caminho para andar e vale a pena apostar nele. Nos tempos que vivemos uma realidade que existe e não se comunica, não se dá a conhecer, na prática é uma realidade que não existe”, observou.

D. Pio Alves destaca que os meios de comunicação social da Igreja Católica devem ter “a verdade” como “critério supremo de atuação”, que vai ser o fator diferenciador de outros media, e procurar os modos adequados para que os conteúdos possam ser “apreendidos facilmente” pelas pessoas.

“Não queremos ser ouvidos a qualquer preço, não queremos estar presentes a qualquer preço, não queremos passar por cima de nada nem de ninguém. O critério da verdade e da qualidade profissional tem de ser uma marca irrecusável da comunicação que tem a Igreja como referencial e como responsável”, desenvolveu.

O conceito de cultura “é muito amplo” e o responsável desta área considera que é, provavelmente, “o setor ou o secretariado onde será mais difícil quantificar” a presença institucional na sociedade.

“Temos de continuar a ajudar as dioceses de um modo organizado e mais formal terem consciência deste setor”, acrescentou.

Nos Bens Culturais da Igreja, as realidades são “muito concretas, tangíveis”, e o secretariado procurou “incrementar iniciativas”, criar e potenciar” a formação numa área “muito necessitada a todos os níveis”, como os projetos Cesareia e Thesaurus.

Os bispos portugueses vão reunir-se em Assembleia Plenária, entre hoje e quinta-feira, em Fátima, onde vão eleger a presidência da CEP, o Conselho Permanente e os presidentes das sete comissões episcopais.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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