Padre José Alfredo Patrício aborda impacto da exortação apostólica pós-sinodal no funcionamento dos Tribunais Eclesiásticos
Lisboa, 01 abr 2017 (Ecclesia) – O padre José Alfredo Patrício, da Diocese de Lamego, disse que a Exortação Apostólica ‘Amoris Laetitia’ assume as alterações ao processo matrimonial realizadas dentro de uma visão global, onde “pastoral e direito devem colaborar mais estreitamente”.
O defensor do vínculo e promotor de justiça do Tribunal Eclesiástico de Lamego começa por afirmar que a exortação do Papa Francisco se insere na sua “visão global ou plano estratégico” para tornar a ação pastoral da Igreja “globalmente mais eficaz” quanto à aproximação de cada pessoa, “inserida na sua realidade familiar, ao desígnio salvador de Deus”.
Num artigo de opinião publicado na mais recente edição do semanário digital ECCLESIA o padre José Alfredo Patrício desenvolve a ‘Amoris Laetitia’ “assume, como próprias”, as alterações ao processo matrimonial realizadas dentro de uma visão global onde o bispo diocesano é “convidado” a olhar para o seu Tribunal Eclesiástico como “um instrumento ao serviço da pastoral familiar”, dedicando-se, “pessoalmente”, a decidir os casos que lhe são expressamente confiados.
Já os juízes devem “aprofundar o estudo das alterações ao processo matrimonial” tendo em consideração a “já longa tradição processual e jurisprudencial da Igreja, no absoluto respeito pelo princípio da indissolubilidade do matrimónio, repetidamente reiterado pelo Papa.
No artigo, o padre José Alfredo Patrício assinala que a Exortação Apostólica ‘Amoris Laetitia’ faz referência e resume os “aspetos mais relevantes dessa reforma processual”.
O documento pós-sínodo dos bispos foi apresentado publicamente a 8 de abril de 2016 na sequência de duas assembleias que a Igreja Católica dedicou aos desafios das famílias, entre 2014 e 2015 e está no centro do Semanário ECCLESIA publicado hoje com várias análises ao documento.
CB