Testemunhos na comemoração do Dia Internacional da Mulher
Lisboa, 07 mar 2017 (Ecclesia) – A presença feminina faz-se sentir na área da comunicação da Igreja Católica em Portugal, com destaque para o Santuário de Fátima, onde esse departamento é “composto apenas por mulheres”.
“Como diretora de comunicação e porta-voz, nunca me senti a mais… nem a menos, embora reconheça que seja necessário um debate sobre o papel das mulheres nos lugares de decisão da igreja”, escreve Carmo Rodeia, num artigo para a Agência ECCLESIA, no contexto do Dia Internacional da Mulher.
No Santuário de Fátima há um ano, a jornalista considera que o debate não é para entrar num sistema de quotas, mas para “corrigir impedimentos legais que não têm fundamentação teológica”.
“Ninguém é obrigado a ser o que não quer ser, mas também não pode ser impedido de o ser, só porque sim”, acrescenta Carmo Rodeia que “sempre” foi “um pouco indiferente às questões do género”, mesmo reconhecendo que a sociedade “é bem mais exigente com as mulheres do que com os homens”.
“Nunca lutei muito por cargos”, acrescenta a diretora de Comunicação do Santuário de Fátima sobre 30 anos de serviço, dos quais cinco inteiramente dedicada à comunicação da Igreja Católica, onde coordenou o arranque do sítio informativo ‘Igreja Açores’ da Diocese de Angra.
Já Graça Franco, diretora de Informação da Rádio Renascença, considera que a emissora católica vê o papel da mulher “muito bem”, a constatar pela “quase paridade nas várias direções” e um sem número de mulheres em cargos de chefia editorial, grandes repórteres e especialistas em várias áreas.
“Dominamos”, graceja.
A diretora de Informação da Rádio Renascença desde 2009 manifesta “confiança total” numa “redação de luxo” onde a equipa mais próxima é composta por uma diretora adjunta e duas (em três) chefes de redação.
No contexto do Dia Internacional da Mulher que vai ser assinalada esta quarta-feira, a mais recente edição do Semanário ECCLESIA apresenta testemunhos de mulheres com responsabilidades em instituições católicas em Portugal, a nível nacional e diocesano.
O dossier é introduzido por duas intervenções do Papa Francisco, que tem pedido desde o início do seu pontificado uma presença efetiva das mulheres nos locais de decisão, na Igreja e na sociedade.
CB/OC