Religião e Moral deixa de ser disciplina curricular obrigatória em Timor-Leste

A cadeira de Religião e Moral vai deixar de ser disciplina curricular obrigatória no ensino público de Timor- Leste, disse ontem em Díli o primeiro-ministro Mari Alkatiri. O chefe do governo, que falava à imprensa antes de embarcar para Jacarta, onde representará Timor-Leste na cerimónia de posse de Susilo Bambang Yudhoyono na Presidência da República Indonésia, disse que a decisão visa dar expressão ao que está estabelecido constitucionalmente. “Os valores morais, os valores religiosos são importantes, mas todos sabem que em Timor-Leste existe separação das igrejas do Estado”, acentuou. Mari Alkatiri, citado pela agência Lusa, vincou que é do interesse das autoridades que a cadeira de Religião e Moral “continue a ser ensinada nas escolas, mas como cadeira facultativa, não obrigatória”. “O currículo tem de ser alterado, porque não compete às escolas catequizar. Isso é função das igrejas. Ensinar os valores da religião, isso sim, tem de continuar, mas trata-se de cumprir a Constituição”, acrescentou. A religião maioritária em Timor-Leste é a católica, professada por 95 por cento dos cerca de 950 mil habitantes.

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