Para além de Fátima

O acontecimento das Aparições de Nossa Senhora de Fátima é um marco que, 100 anos depois, continua a conquistar comunidades cristãs um pouco por todo o mundo.

A Agência ECCLESIA falou com o arcebispo de Lahore, no Paquistão, onde também a mensagem de Fátima cala fundo nos fiéis.

O Paquistão é um país de maioria muçulmana e conta atualmente com cerca de 1,2 milhões de cristãos (2 por cento da população total), metade dos quais está radicada na Arquidiocese de Lahore.

Numa nação onde os cristãos têm sido alvo de perseguição feroz, existe ainda assim pelo menos uma igreja dedicada a Nossa Senhora de Fátima.

É na cidade de Karachi, que é também um dos pontos mais importantes do Paquistão, em termos sociais e comerciais, junto à costa do Mar da Arábia.

“Quando eu era uma criança, estudei numa escola que tinha como nome Nossa Senhora de Fátima e era também membro da Legião de Maria”, conta D. Sebastian Shaw, acrescentando que “a reflexão e o estudo” sobre Fátima têm marcado a sua vida e a vivência da Igreja Católica no seu país.

Para o prelado, a mensagem de Fátima é sobretudo “uma mensagem de paz, de harmonia, de conversão, de perdão”, como que um resumo do desafio que é feito a cada cristão, que teve oportunidade de revisitar nos últimos dias, durante uma deslocação a Portugal e ao Santuário, a convite da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre.

“Foi uma oportunidade muito boa. Eu estava muito agradecido e disse às pessoas que antes apenas pensava em vir, agora estava ali”, salientou D. Sebastian Shaw.

Durante a sua deslocação a Fátima, o arcebispo de Lahore celebrou missa e convidou as pessoas a rezarem por quem mais precisa e também pelo Papa Francisco, que estará presente nas comemorações em maio deste ano.

“Para que ele continue com força e convicção a missão que Deus lhe confiou”, referiu o prelado.  

D. Sebastian Shaw disse depois esperar poder levar de volta ao seu país a força de Fátima, a uma comunidade cristã que, apesar de perseguida, continua muito viva na sua fé.

“Há muito sofrimento, mas todos os domingos as igrejas estão cheias, na minha catedral, que é muito grande, tenho quase sempre 1800 pessoas, 2000 pessoas nas celebrações, e temos cinco missas na catedral. Muitas crianças, muitos jovens”, sublinhou o arcebispo paquistanês.

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Agência ECCLESIA

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