D. Jorge Ortiga abriu ciclo de conferências e denunciou tentativas de silenciar a Igreja Católica
Braga, 18 fev 2017 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga disse na conferência de abertura do ciclo ‘Nova Ágora’ que “é urgente” participar no “diálogo cultural” e propor a perspetiva cristã no debate sobre a identidade portuguesa e no “fortalecimento do tecido social” no país.
“Peço que sacerdotes e leigos – e apetece-me dizer sobretudo leigos – entrem neste diálogo cultural, que ousem apresentar no areópago das ideias e das decisões os conteúdos de uma doutrina, de uma ética e de uma moral”, apelou D. Jorge Ortiga, introduzindo o ciclo de conferências ‘Nova Ágora’.
“É urgente acordar para esta responsabilidade, é urgente fugir à tentação da cobardia e do comodismo fácil”, disse o arcebispo de Braga.
A Arquidiocese de Braga iniciou esta sexta-feira a 3ª edição do ciclo de conferências ‘Nova Ágora’, no Auditório Vita, com a intervenção de D. Jorge Ortiga, a que se seguiu uma conferência de Marcelo Rebelo de Sousa sobre o tema ‘Os católicos e a democracia: um testemunho’.
Na abertura da sessão, o arcebispo de Braga denunciou tentativas de silenciamento da Igreja Católica por parte de “alguns setores da sociedade e da política”, que pretendem “descredibilizar alguns valores que defende e transformá-la num ator secundário e passivo da história”.
“Acredito que a Igreja é um parceiro singular para a construção da nossa identidade cultural e para o fortalecimento do tecido social”, defendeu D. Jorge Ortiga.
O ciclo de conferência ‘Nova Ágora’ é uma iniciativa da Diocese de Braga para “suscitar” uma “reflexão abrangente e participativa”, diante da “abstração coletiva e apatia sufocante” que marcam a atualidade.
“Sem pensamento ativo e proativo, o futuro da nossa sociedade será marcado pela confusão e desorientação”, acrescentou D. Jorge Ortiva.
Para o arcebispo de Braga, “este é o tempo do diálogo cultural, de congregar olhares diferentes que favoreçam uma inteligência coletiva e respeitadora”.
O ciclo de conferências Nova Ágora iniciou esta sexta-feira com a intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa sobre “Os católicos e a democracia: um testemunho” e vai prosseguir nos dias 17, 24 e 31 de março, no Auditório Vita, com reflexões sobre o multiculturalismo, a saúde e qualidade de vida e a era digital, respetivamente.
PR