Vaticano: Papa denuncia «perigos» que ameaçam menores migrantes e refugiados

Francisco pede políticas que promovam proteção e integração destas crianças

Cidade do Vaticano, 15 jan 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco assinalou hoje o 103.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que a Igreja Católica celebra este ano com o tema “migrantes menores de idade, vulneráveis e sem voz”.

“Estes nossos pequenos irmãos, especialmente quando não estão acompanhados, estão expostos a inúmeros perigos. E digo-vos que são muitos!”, denunciou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação da oração do ângelus.

Francisco defendeu a adoção de “todas as medidas possíveis” para garantir aos menores migrantes “a proteção e a defesa, bem como a sua integração”.

Na mensagem que escreveu para esta celebração, o Papa recordava as crianças vítimas de “exploração” ou “encaminhadas para a prostituição ou pornografia”, entregues como “escravas do trabalho infantil” e “alistadas como soldados”, e também as que são “envolvidas em tráfico de drogas e outras formas de delinquência”.

Em Portugal, a Igreja Católica assinala esta data com um encontro de agentes sociopastorais das migrações, que termina hoje.

A Praça de São Pedro contava, esta manhã, com o colorido especial de várias comunidades étnicas que se reuniram para celebrar o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado.

Francisco saudou os peregrinos e visitantes, desejando que todos possam viver “serenamente” nas localidades que os acolhem, “respeitando as suas leis e tradições”.

A intervenção citou a figura de Santa Francisca Cabrini (1850-1917), padroeira dos migrantes, no centenário da sua morte.

“Esta corajosa religiosa dedicou a sua vida a levar o amor de Cristo a quantos estavam longe da pátria e da família”, assinalou o Papa.

“Quantas vezes, na Bíblia, o Senhor nos pediu para acolher migrantes e estrangeiros?”, questionou, depois.

Antes, na catequese dominical, Francisco afirmou que a missão da Igreja é “indicar Jesus às pessoas”, como São João Batista.

“Quando a Igreja se anuncia a si mesma, perde a bússola, não sabe para onde vai”, advertiu.

O encontro de oração concluiu-se com os habituais votos de “bom almoço” e “bom domingo” para todos os presentes.

OC

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Agência ECCLESIA

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