Irmã Ângela Coelho orientou reflexão no encontro de Advento da Conferência Episcopal Portuguesa
Lisboa, 14 dez 2016 (Ecclesia) – A irmã Ângela Coelho, que acompanha os processos de canonização dos Pastorinhos, disse hoje em Lisboa que a reflexão teológica sobre Fátima “tem mudado muito nos últimos anos”.
A religiosa do Instituto Aliança de Santa Maria orientou a reflexão do encontro de Advento dos serviços da Conferência Episcopal Portuguesa, na preparação para o Natal, que decorreu no Seminário de Nossa Senhora de Fátima, em Alfragide.
Para a irmã Ângela Coelho, assiste-se nos últimos anos a uma mudança de perspetiva “no olhar para o acontecimento”, a mensagem de Fátima, deixando de apresentar as aparições como “um conjunto de devoções”.
A abordagem de unidade parte do conceito de um “testemunho místico-profético”, no qual se procura dar a compreender Fátima como “um acontecimento que reflete a Trindade que ama” e proporciona uma “experiência de Deus”.
Para a religiosa, a partir de 1917 tem sido feita na Cova da Iria uma “leitura da história a partir da intimidade com Deus”.
A postuladora da causa de canonização dos Beatos Jacinta e Francisco Marto e vice-postuladora da causa d Irmã Lúcia sublinhou que a dimensão profética de Fátima não é “adivinhar o futuro”.
Nesse sentido, citou o Papa emérito Bento XVI, que falava de Fátima como “escola de fé com a Virgem Maria por mestra”.
O encontro de Advento dos serviços da CEP concluiu-se com a celebração da Missa, presidida pelo padre José Manuel Pereira de Almeida, secretário da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
OC