Solidariedade: Presidente da República pede nova «cultura cívica» de rejeição das desigualdades

Seminário do setor social debateu pobreza e exclusão social em Portugal

Lisboa, 18 nov 2016 (Ecclesia) – O presidente da República Portuguesa disse hoje em Lisboa que o país precisa de uma nova “cultura cívica” que leve a ver no combate à pobreza um “desafio nacional”.

“A pobreza é, na sociedade portuguesa, um problema estrutural”, com “inúmeras causas”, algumas das quais “mais antigas”, que exigem “respostas estruturais e não conjunturais”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, durante o seminário ‘Lutar contra a Pobreza: a realidade e as propostas do setor social em Portugal’.

A iniciativa foi promovida pela Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN Portugal) no Auditório CGD do Instituto Superior de Economia e Gestão.

Rebelo de Sousa disse que a luta contra a pobreza e as desigualdades é um “combate de vida”, que nem sempre é “fácil”.

Para o presidente da República Portuguesa, o trabalho nesta matéria tem de ser feito “no plano das ideias” e “no terreno”, procurando um “consenso” nacional.

As mudanças das últimas décadas e as “sucessivas crises”, precisou o chefe de Estado, provocaram uma acumulação de “camadas de pobreza”.

Marcelo Rebelo de Sousa alertou depois para as “limitações” de visões “juridiscistas” no combate às desigualdades na sociedade.

O evento reuniu, entre outras entidades e personalidades, a Cáritas Portuguesa, a União das Mutualidades, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, a Rede ANIMAR.

O padre Jardim Moreira, presidente da EAPN Portugal, disse aos jornalistas que “não tem havido vontade política para enfrentar a pobreza”, num “desígnio nacional”.

A iniciativa decorreu no âmbito do grupo de trabalho ‘Para uma Estratégia Nacional de Luta Contra a Pobreza’ que congrega diversos especialistas, que já publicaram um documento que reúne as principais propostas de ação para que tal aconteça.

HM/OC

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Agência ECCLESIA

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