Jubileu: Iniciativa do Papa ajudou católicos a exercitar «misericórdia» no quotidiano – padre Manuel Morujão

Sacerdote português foi um dos missionários do Ano Santo extraordinário

Lisboa, 16 nov 2016 (Ecclesia) – O padre Manuel Morujão diz que o Ano da Misericórdia promovido pelo Papa Francisco foi um “treino” que deu “balanço” aos cristãos para “exercitarem no dia-a-dia a misericórdia” no mundo.

Em entrevista ao Programa ECCLESIA, transmitido hoje na RTP2, o sacerdote jesuíta, que foi um dos “missionários da misericórdia” no âmbito do Ano Santo, salientou a importância da Igreja Católica e das suas comunidades não se deixarem ficar pelas “celebrações, com mais ou menos pompa e circunstância”, que marcaram o evento.

“Isto deve concretizar-se no dia-a-dia das pessoas, das famílias, das paróquias, das dioceses e da Igreja”, aponta o autor do livro ‘Celebrar e Praticar a Misericórdia’, que forneceu propostas para a vivência deste Jubileu.

Lançado pelo Papa Francisco a 8 de dezembro de 2015, como forma de tornar mais evidente a missão da Igreja Católica como testemunha e praticante da misericórdia de Deus no mundo, o Jubileu da Misericórdia congregou as dioceses e comunidades cristãs de todo o mundo numa atenção especial aos mais marginalizados e excluídos da sociedade.

Para o padre Manuel Morujão, este evento veio numa altura em que o mundo vive “uma urgência de misericórdia”.

“O mundo era irrespirável se não houvesse tolerância, compreensão, aceitação, ou seja, se não vivêssemos a praticar obras de misericórdia, nos mais variados campos”; e nesse sentido, com este Ano Santo “procurou-se que este aspeto exterior passasse para a vida das pessoas”, sustenta o sacerdote.

No início do Jubileu, o Papa Francisco enviou mais de mil ‘missionários da misericórdia’ pelo mundo, entre os quais alguns sacerdotes portugueses, chamados a ser expressão do perdão de Deus e convite de conversão a todas as pessoas.

“É preciso uma conversão, acho que todos temos de nos converter sempre mais à misericórdia que vem da fonte de Deus, que é rico em misericórdia, diria multimilionário de misericórdia, e depois traduzir isso em gestos fraternos”, sustenta o padre Manuel Morujão.

O sacerdote elogiou os “sinais” e “gestos” que ao longo do último ano permitiram concretizar a preocupação com a misericórdia, sublinhando, por exemplo, a abertura das Portas Santas, simbolizando a “peregrinação” e a “abertura” do coração.

A vivência do terceiro Ano Santo extraordinário na história da Igreja Católica, prossegue, deve servir como “rampa de lançamento” para continuar a “concretizar este ideal em obras concretas de misericórdia”.

O Papa vai presidir entre sábado e domingo às celebrações conclusivas do Jubileu da Misericórdia, iniciado em dezembro de 2015, que incluem a criação de 17 cardeais e o encerramento da Porta Santa.

HM/JCP

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Agência ECCLESIA

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