Vaticano: Papa defendeu «resgate» das famílias com maior proximidade da Igreja

Francisco recebeu especialistas de instituto pontifício para estudos sobre o matrimónio

Cidade do Vaticano, 27 out 2016 (Ecclesia) – O Papa defendeu hoje no Vaticano a necessidade de um “resgate” das famílias, por parte da Igreja, promovido através da “proximidade”, em particular junto de quem mais sofre.

“Aprendamos a não nos resignarmos ao falhanço humano, mas apoiemos o resgate do desenho criador a todo o custo”, declarou, perante os membros do Instituto Pontifício “João Paulo II” para os estudos sobre o matrimónio e a família.

O pontífice argentino recordou a realização de duas assembleias do Sínodo dos Bispos sobre a família (2014 e 2015), dos quais saiu a convicção de que o “tema pastoral atual” não é tanto a “distância” que muitos têm em relação ao ideal proposto pela Igreja Católica.

“Mais decisivo ainda se torna o tema da ‘proximidade’ da Igreja: proximidade às novas gerações de esposos, para que a bênção da sua ligação os convença cada vez mais e os acompanhe, e proximidade às situações de fraqueza humana, para que a graça os possa resgatar, reanimar e curar”, declarou.

Francisco manifestou-se contra as ideologias que “agridem diretamente o projeto familiar” baseado na união homem-mulher, bem como contra “o crescimento da pobreza que ameaça o futuro de tantas famílias”.

“A incerteza e a desorientação que atingem os afetos fundamentais da pessoa e da vida destabilizam todas as ligações, familiares e sociais”, advertiu.

O Papa criticou as tendências individualistas e as tentativas de “eliminar a diferença”.

“Quando as coisas estão bem entre um homem e uma mulher, também o mundo e a história estão bem. Caso contrário, o mundo torna-se inóspito”, declarou.

Francisco pediu que os teólogos tenham uma “forte dedicação” nesta matéria, com “compaixão e misericórdia” pela “vulnerabilidade e a falibilidade do amor entre os seres humanos”.

OC

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