Galardão enaltece esforço de Juan Manuel Santos a favor do fim da guerra civil naquele país
Lisboa, 07 out 2016 (Ecclesia) – O Prémio Nobel da Paz foi hoje atribuído ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pelo contributo a favor do fim da guerra civil naquele país, um conflito que terá causado a morte a mais de 200 mil pessoas.
Na hora de tornar pública a sua escolha, esta sexta-feira, o Comité Nobel norueguês enalteceu a forma determinada como Juan Manuel Santos encarou as conversações de paz, que permitiram encerrar um capítulo negro da história colombiana, que se prolongou durante os últimos 50 anos e que causou ainda pelo menos seis milhões de deslocados.
Recorde-se que o acordo de paz entre o Governo da Colômbia e as FARC – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – foi alcançado no dia 27 de setembro mas os problemas não terminaram por aqui, já que ele foi entretanto rejeitado em referendo.
No entanto, este revés não fez cair a resolução do presidente da Colômbia, que já garantiu que “o cessar-fogo bilateral é definitivo e para prosseguir”.
Juan Manuel Santos assegurou ainda que vai continuar em contacto com “todas as forças políticas”, nomeadamente com “aquelas que se manifestaram pelo ‘não’, para escutá-las, abrir espaços de diálogo e determinar o caminho a seguir”.
Os promotores do Prémio Nobel da Paz encorajam “todas as partes envolvidas” a assumirem “a sua responsabilidade” na busca da paz, de modo a que “o povo colombiano possa recolher os frutos do processo de reconciliação”.
Explicam ainda que a atribuição do galardão ao presidente colombiano pretende concorrer para a união de todos quantos querem “a paz, a reconciliação e a justiça” para aquele país da América do Sul.
JCP