Cardeal-patriarca presidiu à Eucaristia de encerramento do congresso internacional do Espírito Santo
Alenquer, Lisboa, 19 set 2016 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa presidiu à Eucaristia de encerramento da terceira e última sessão do Congresso Internacional do Espírito Santo, este domingo, em Alenquer.
“Evocar o Espírito Santo nos traz responsabilidade acrescida, que pode ser tremenda. Trata-se do amor de Deus e do próprio Deus Amor, que atua no mundo como na vida divina, entre o Pai e o Filho, circulando inteiro”, disse D. Manuel Clemente na homilia da celebração.
O cardeal prelado acrescentou que todos são incluídos e implicados nesse movimento de querer “o bem geral, a justiça para todos, uma solidariedade tão absoluta como consequente e prática”, como “sonharam o mundo” os criadores da Festa do Espírito Santo, a Rainha Santa Isabel e “Jesus tantos séculos antes”.
Aos organizadores do Congresso Internacional do Espírito Santo, que passou por Coimbra, Lisboa e terminou este domingo em Alenquer, o patriarca de Lisboa agradeceu “o trabalho e a cooperação” que a iniciativa implicou “certo de que o Espírito Divino os recompensará a cem por um”.
No encerramento do evento intitulado ‘Génese, evolução e atualidade da utopia da fraternidade universal’ D. Manuel Clemente assinalou que “em boa hora evocou o Espírito Santo” como “memória, reflexão e vida” em Alenquer que “tanto se liga aos primórdios das Festas do Paráclito em Portugal e no mundo”.
O cardeal-patriarca refletiu sobre as leituras bíblicas do dia e do Evangelho destacou: “Fazer na terra amigos para o Céu, é obra do Espírito que aí nos conduz.”
“Reconheçamos cada sentimento bom e façamos cada boa obra com gratidão e confiança, sabendo-nos transportados pelo Amor Divino. Assim era sempre com Jesus, como agora é connosco, herdeiros do seu Espírito”, desenvolveu.
A partir da segunda leitura, da recomendação de São Paulo a Timóteo de rezar por “todos os homens”, pediu que cada um fizesse “um breve relance pela consciência” se as orações e preces foram pela humanidade ou apenas pessoais, pelos familiares e amigos.
“Rezei também pela muita dor que vai por esse mundo, onde não faltam conflitos, onde se mantêm desigualdades, onde há multidões em fuga, populações dizimadas por guerras e epidemias? Quis só por mim e para mim, ou quis com Deus por todos e para todos?”, observou D. Manuel Clemente.
Segundo o cardeal-patriarca, sendo vontade de Deus que “todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” é também a “marca da oração” feita no Espírito Santo.
“Tão total como Jesus a fez, tão total como nos ensinou a fazê-la no ‘Pai Nosso’: o pão e o perdão são «nossos» e de nós para os outros, como de Deus para todos”, assinalou, na homilia publicada no sítio online do Patriarcado de Lisboa.
CB