Setúbal: Paróquia da Cova da Piedade dinamizou oração inter-religiosa pela paz

Iniciativa que evocou vítimas do 11 de setembro contou com a presença da Comunidade Islâmica Sul do Tejo

Almada, Setúbal, 14 set 2016 (Ecclesia) – A Paróquia da Cova da Piedade, na Diocese de Setúbal, promoveu uma oração inter-religiosa pela paz, que teve a presença da Comunidade Islâmica Sul do Tejo, nos 15 anos dos atentados às Torres Gémeas, nos Estados Unidos da América.

“A nossa fé não nos fecha em nós, em certezas e verdades, mas abre-nos sempre ao nosso irmão. Nós somos chamados a fazer pontes, não a construir muros”, disse o pároco da Cova da Piedade.

Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a paróquia da Cova da Piedade explica que a oração inter-religiosa pela paz realizou-se depois da procissão em honra de Nossa Senhora da Piedade e contou a presença da Comunidade Islâmica Sul do Tejo e do presidente da Câmara Municipal de Almada, Joaquim Judas.

Para o padre José Pinheiro, pároco da Cova da Piedade, os momentos difíceis “devem alertar” que a paz não é um dado adquirido mas “um caminho em construção” para o qual todos são chamados.

Um dos responsáveis da Comunidade Islâmica destacou a importância da iniciativa, que “tão bem” acolheram, porque rezaram pela paz, “algo que é igual” para as duas religiões.

“O Islão, dentro das suas comunidades, também está a mudar, para que todas as pessoas compreendam que o ser humano é igual e que não há diferença entre as religiões, etnias e nacionalidades”, desenvolveu o xeque Zabir Edriss.

Por sua vez, o presidente do município de Almada afirmou que “a paz é um bem fundamental sem a qual nada se consegue”.

“Se não houver Paz, o combate contra as desigualdades não tem sucesso. O diálogo é fundamental”, sublinhou Joaquim Judas, acrescentando ainda que é preciso aprender com a História porque “a paz constrói-se pela capacidade em acolher o outro”.

O comunicado da Paróquia da Cova da Piedade, na Diocese de Setúbal, refere ainda que participaram na oração inter-religiosa pela paz no dia 11 de setembro as restantes forças políticas da cidade de Almada e outras confissões religiosas.

CB/OC

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