D. Manuel Linda encoraja a «caminhar na vida de rosto voltado para Deus e para os irmãos»
Lisboa, 07 set 2016 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança publicou a Nota Pastoral ‘Caminhar na vida de rosto voltado para Deus e para os irmãos’ onde apresenta cinco vertentes para serem vividas pelo Ordinariato Castrense no novo ano 2016/17.
D. Manuel Linda, na sua nota, convida os cristãos das Forças Armadas e de Segurança a serem “pessoas de paz ou gente simpática que sabe dialogar com os outros”, principalmente na família ou com os camaradas.
No novo ano pastoral, o prelado incentiva também à frequência da Eucaristia, “especialmente a dominical”, e assinala que vão continuar com a celebração da Missa em cada capela/Unidade, “pelo menos num dia por semana”.
Num ano em que a Igreja Católica em Portugal vai viver “sob o signo do centenário das aparições de Fátima”, o bispo das Forças Armadas e de Segurança pretende que sejam “devotos de Nossa Senhora, verdadeiro modelo dos crentes”.
D. Manuel Linda refere que vão ter “sempre presente” a celebração do centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima aos pastorinhos, “especialmente”, no contexto da Peregrinação Militar Nacional ao santuário mariano da Cova da Iria, nos dias 8 e 9 de junho.
“Tentaremos realizar um qualquer evento que leve a uma tomada de consciência de que o tema da paz, estruturante nos acontecimentos da Cova da Iria, nos diz muito respeito”, desenvolve, sobre a iniciativa nacional que “se deseja mais participada numérica e intensamente”.
Por último, nas cinco vertentes apresentadas para o ano 2016/2017, D. Manuel Linda pede que “sem vergonha” a fé seja testemunha “publicamente” e com o exemplo da Rainha Santa Isabel os cristãos sejam “muito sensíveis à pobreza, a todas as formas de pobreza”.
Ao Ordinariato Castrense o seu bispo chama a atenção para “algumas facetas da espiritualidade” da Patrona da Administração Militar, que foi beatificada em 1516: “Uma mulher de paz e uma pacificadora nata; nutria uma especial devoção à Eucaristia e a Nossa Senhora; alimentava a fé a partir do que hoje chamaríamos «religiosidade popular».”
D. Manuel Linda explica que vão tentar realizar “ações de evangelização” no interior das Unidades mas se isso “não for viável” pede que alguns militares participem em propostas que as dioceses locais organizam, como Cursilhos de Cristandade, Cursos Alpha, ações da pastoral juvenil e familiar.
Na Nota Pastoral ‘Caminhar na vida de rosto voltado para Deus e para os irmãos’ em “todas as Unidades”, o prelado refere também que vão realizar uma ação sócio caritativa e sugere, por exemplo, “recolha de alimentos ou brinquedos, loja solidária, tômbola de caridade, dádiva de sangue”.
No documento publicado na página online dedicada às Forças Armadas e de Segurança, o responsável católico explica que “conversão é olhar de frente para Deus” e converter-se significa “reorientar a vida, olhar de frente o Mistério ao qual se voltou costas”.
Neste contexto, D. Manuel Linda refere que “em Deus” superam-se “muitos dramas”, como “a falta de esperança, tristeza existencial, suicídios, recurso a drogas e álcool, violência estrutural, corrupção, cultura do «salve-se quem puder»”, que são “a causa e a consequência” do “individualismo extremo” que fecha as pessoas “a uma relação harmoniosa com Deus e com os outros”.
No sítio online do Ordinariato Castrense foi também apresentada, “pela primeira vez”, a calendarização da Capelania Mor com a ressalva que muitas atividades precisam de “aprovação superior”, por isso, “algumas datas/ações são meramente indicativas”.
CB