Lisboa, 23 ago 2016 (Ecclesia) – A Comissão de Direitos Humanos do Senado do Paquistão anunciou uma série de encontros para debater a questão com especialistas, advogados, estudiosos de religião e outros organismos.
“É um progresso encorajador para os cristãos paquistaneses”, comenta Alexander Aftab Mughal, ativista cristão empenhado na defesa das minorias religiosas no Paquistão, em declarações citadas pela Agência Fides, do Vaticano.
A maior parte dos membros da Comissão de Direitos Humanos do Senado paquistanês apoiou a proposta de rever o uso impróprio das leis.
Em causa está o artigo 295, B e C, do Código Penal paquistanês, cuja secção B refere-se a ofensas contra o Alcorão que são puníveis com prisão perpétua; e a secção C a atos que enxovalham o profeta Maomé, puníveis com prisão perpétua ou com a morte.
A coberto desta legislação, muitos cristãos têm sido perseguidos e presos no Paquistão, como Asia Bibi, mãe de cinco filhos que permanece encarcerada há vários anos.
O caso remonta a Junho de 2009, quando mulheres muçulmanas que trabalhavam com Asia Bibi foram ver um responsável religioso e acusaram a cristã de proferir blasfémias contra o profeta Maomé.
OC