D. António Francisco afirma que o flagelo dos últimos dias mostra que “horas dolorosas são igualmente horas solidárias»
Porto, 13 ago 2016 (Ecclesia) – O bispo do Porto afirmou que é necessário “avaliar o que se passa em Portugal” a respeito dos incêndios e considera que é preciso apostar na “educação” e “prevenção” para cuidar da “casa comum”.
“Há muito a fazer a nível da educação, da prevenção, da consciência cívica e da responsabilidade social de cada um pelo bem de todos”, refere D. António Francisco no documento “Presença e Gratidão – Uma missão solidária” publicado no contexto dos incêndios ininterruptos neste mês de agosto.
Na Nota Pastoral, enviada esta sexta-feira à Agência ECCLESIA, o bispo do Porto sugere comportamentos e decisões que sigam as propostas do Papa Francisco na encíclica Laudato Si e refere que os “momentos de dor” provocados pelos incêndios exigem “uma presença imediata, uma atenção solidária e uma resposta eficaz”.
“A hora é de dor diante deste flagelo recorrente em Portugal. Em horas de dor como esta todos somos necessários para aliviar o sofrimento daqueles que foram diretamente atingidos. Todos nós somos tocados por este drama e todos choramos as vítimas humanas e os bens materiais. Os bens perdidos são tantas vezes a única fonte de sobrevivência económica dos mais pobres das nossas terras!”, escreve D. António Francisco.
O bispo do Porto diz também que as “horas dolorosas são igualmente horas solidárias”, como comprova a “dedicação heroica das populações, dos bombeiros, dos membros da proteção civil, dos agentes de segurança, dos autarcas”.
D. António Francisco indica também o trabalho “das instituições da sociedade civil e da comunicação social no combate aos incêndios, na informação das pessoas, na coordenação dos meios de ajuda e na sensibilização para a salvaguarda da vida e dos bens de cada um de nós”.
“O melhor de Portugal, como povo congregado à volta das pessoas e em torno das causas do bem, esteve presente e foi visível nestes dias em todas as frentes adversas do combate aos incêndios”, sublinha.
“A determinação de muitos tornou heroicos estes momentos dramáticos e a ajuda de todos fez solidária esta missão difícil”, considera D. António Francisco.
PR