Braga: Gerês, um roteiro turístico com o cónego João Aguiar Campos

Ex-diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais partilha «notas geresianas»

Braga, 11 ago 2016 (Ecclesia) – O presidente do Conselho de Gerência da Renascença a partir das pontes de Rio Caldo, Diocese de Braga e Concelho de Terras de Bouro, é o guia de um passeio na vila do Gerês que parece uma “avenida encaixilhada nas montanhas”.

‘Notas geresianas’ é o título do artigo de opinião do sacerdote da Diocese de Braga que destaca a “beleza, simultaneamente doce e agressiva” da Vila do Gerês pela qual se apaixonaram, por exemplo, os escritores Ramalho Ortigão e Miguel Torga.

Na mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA, dedicada ao tempo de férias e ao turismo, cónego João Aguiar Campos começa por explicar que a “fama das águas” nos Gerês é do tempo dos Romanos mas “o seu aproveitamento” evidenciou-se “apenas a partir do século XVIII”.

“Hoje encontramos uma estância remodelada. Diversas são as doenças que combatem: fígado, vesícula biliar, hipertensão arterial, diabetes, gota, obesidade”, observa o sacerdote, destacando que a “eficácia” das águas afirma-se numa inscrição latina na Fonte da Bica: “Aegri surgunt sani” (Os doentes ficam sãos).

O ex-diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, da Igreja Católica em Portugal, continua o seu percurso e aos “sãos e condutores seguros” aconselha a subida à Pedra Bela, que é “um dos mais belos miradouros geresianos”, de onde se pode avistar, por exemplo, “o brilho prateado do Atlântico”.

Depois de “lavado o olhar” ruma-se a Leonte, com paragem sugerida junto da Casa Florestal onde do lado esquerdo está um curral.

O padre João Aguiar Campos recorda que existem muitos na montanha que “já foi terra de numerosos rebanhos” e aconselha os visitantes a experimentarem o “trilho dos currais” com “alguém que conheça usos e costumes”.

A viagem continua e, para o sacerdote, a Portela do Homem é um “discreto posto fronteiriço” que abre a porta da Galiza e do vale do Xurês e assinala que a dois quilómetros da fronteira encontra-se uma “bela cascata” cujas águas caem para uma lagoa de limpidez perfeita.

“À direita, um caminho difícil conduz às minas dos Carris e à memória da exploração do volfrâmio”, continua a conduzir o guia nas suas ‘Notas geresianas’.

O também presidente do Conselho de Gerência da Renascença é natural de S. João do Campo, Terras de Bouro e a sua sugestão de roteiro passa também, por exemplo, por Vilarinho das Furnas e Campo do Gerês, pela aldeia recuperada de Brufe e lugar dos Seixos Brancos para terminar em S. Bento da Porta Aberta, onde o culto ao padroeiro da Europa “movimenta milhares de devotos” e cuja romaria começou esta quarta-feira e termina a 15 de agosto.

A mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA sugere 20 locais, um por cada diocese, para visitar e ficar a conhecer Portugal, propondo ainda a descentralização de destinos em tempos de férias e desafiando as pessoas a considerarem nas suas escolhas turísticas as chamadas “periferias”.

CB/SN

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top