Igreja: Fátima está mais perto das academias, diz diretor do Serviço de Estudos e Difusão

Santuário abriu duas vezes inscrições de curso intensivo para investigadores e jovens universitários

Fátima, Santarém, 13 jul 2016 (Ecclesia) – O diretor do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário de Fátima manifestou surpresa pela adesão de 55 investigadores e jovens universitários, ao primeiro curso intensivo de verão, destacando que afinal Fátima não “está muito longe das academias”.

“Tínhamos aberto 25 vagas e esgotaram num ápice. Redobramos as vagas e tornaram a esgotar o que contraria a perceção de que Fátima afinal está muito longe das academias. Pelo contrário, existem estudos muito bem-feitos, muito sérios, que tratam a documentação com muita seriedade e é isso que o Serviço de Estudos pretende continuar a proporcionar”, explicou hoje Marco Daniel Duarte, em declarações à Agência ECCLESIA.

O coordenador da formação observa que a “queixa epistemológica” do Santuário mariano da Cova da Iria é que o número de estudos não seja proporcional “ao impacto que Fátima tem no mundo contemporâneo”.

“Talvez em Portugal não tenhamos essa noção mas Fátima é um dos acontecimentos mais importantes da história religiosa do mundo do século XX e XXI”, refere o diretor do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário de Fátima.

A primeira edição do Curso intensivo de Verão para investigadores e jovens universitários tem como tema ‘Introdução ao fenómeno de Fátima’ e termina este sábado; ao todo são 55 participantes reunidos desde quinta-feira, no Centro Pastoral Paulo VI.

Marco Daniel Duarte indica que o objetivo da formação é “aproximar” a comunidade científica da temática de Fátima, no âmbito do Centenários das Aparições.

“Fátima foi olhada pelos investigadores de forma muito dispare, segundo as ferramentas de cada tempo, as metodologias próprias de cada época, e esta geração, que vive 100 anos depois do acontecimento, tem a responsabilidade de olhar para Fátima com as metodologia próprias das diferentes áreas do saber”, contextualiza.

Para o responsável parece “importante” que Fátima não seja olhada “apenas” pela disciplina histórica mas também pela “sociologia, antropologia, psicologia, geográfica humana, até direito, economia, marketing”.

Segundo o diretor do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário “Fátima é um campo inesgotável para análise” e têm chegado novos indicadores sobre a sua repercussão na sociedade portuguesa, porque “muitos documentos das áreas das Ciências Humanas e Sociais começaram agora a estar disponíveis.

Já o reitor do santuário disse que espera “estudos inovadores” sobre Fátima – “o fenómeno, o seu crescimento, o impacto que tem na sociedade portuguesa e também muito além das fronteiras do país”.

“A pluralidade de visões passa ao lado da confessionalidade. Não pretendemos que nos venham fazer um discurso teológico sobre Fátima. Pretendemos que cada ciência, no seu âmbito, com as ferramentas científicas que lhe são próprias, sem outros preconceitos, se dedique a Fátima e aborde este fenómeno”, desenvolveu o padre Carlos Cabecinhas, em declarações divulgadas pelo santuário mariano na sua página na internet.

Os cursos intensivos de verão são gratuitos e depois do tema ‘Introdução ao fenómeno de Fátima’, que acaba este sábado, o Santuário já anunciou uma segunda edição dedicado à relação entre Fátima e os Papas, em 2017.

PR/CB

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