Bispo destaca «dinamismo» dos mais novos e o contributo que podem dar para a «renovação da Igreja»
Porto, 14 jul 2016 (Ecclesia) – D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto e membro da Comissão Episcopal para a Educação Cristã e Doutrina da Fé, vai ser um dos representantes da Igreja Católica em Portugal nas Jornadas Mundiais da Juventude de Cracóvia.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, o prelado sublinhou a intenção de seguir para a Polónia para levar aos jovens a “alegria” que a Igreja Católica tem em poder “contar com eles” e com o seu “dinamismo”.
“Fiquei muito feliz quando soube que, só na organização da diocese vão cerca de 600 jovens, sem contar com aqueles que vão através dos movimentos, das congregações religiosas e por iniciativa própria”, realçou D. António Francisco dos Santos.
“Por isso, senti-me motivado e quase obrigado a estar com os jovens e a aprender com eles e deles ouvir aquilo que Deus lhes diz através da voz do Papa Francisco e que nos deve ajudar a nós e incentivar a renovar a Igreja do Porto”, acrescentou.
O bispo do Porto quer também que a sua presença seja um sinal da importância que “a pastoral juvenil e universitária assumem, no contexto da diocese”.
“Nós temos 70 mil universitários e procuramos valorizar, incentivar a pastoral juvenil e universitária”, salientou o responsável católico.
As Jornadas Mundiais da Juventude deste ano, que vão decorrer em Cracóvia, na Polónia, entre 25 e 31 de julho, deverão contar com mais de sete mil jovens portugueses, das várias dioceses.
Portugal será assim um dos 10 países mais representados no evento, a par da anfitriã Polónia, e de outras nações como Itália, Espanha, França, Estados Unidos da América, e Brasil.
D. António Francisco dos Santos espera que os jovens da Diocese do Porto voltem a casa com ainda mais vontade em tomar parte na vida e nos projetos da Igreja Católica local.
Nesse sentido, estará também “atento àquilo que os jovens disserem como desafios à renovação da diocese”.
Esta edição da JMJ tem como tema “Bem-aventurados os misericordiosos”, um repto que o bispo do Porto espera que desafie os jovens “a praticar as obras de misericórdia, com a certeza de que são eles que, por mais tempo, terão essa missão”, pois “são os herdeiros do futuro”.
“Foi muito importante que o Papa Francisco tenha dito que ano a ano, quer que os jovens reflitam sobre esta questão”, sustentou.
O primeiro encontro entre os jovens e o Papa está marcado para o dia 28 de julho, no Parque Central de Cracóvia.
No total, a organização das JMJ2016 espera receber em Cracóvia mais de 500 mil peregrinos, de 182 países, incluindo 833 bispos.
As Jornadas Mundiais da Juventude, em Cracóvia, são tema em destaque na nova edição do Semanário ECCLESIA, que vai ser publicada esta sexta-feira.
JCP