Aveiro: «Caridade pastoral é o caminho para a perfeição sacerdotal» – D. António Moiteiro

Bispo presidiu à ordenação sacerdotal de Gustavo Fernandes

Aveiro, 11 jul 2016 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro presidiu este domingo à ordenação sacerdotal de Gustavo Fernandes, a quem disse que Deus chama a “perscrutar os sinais dos tempos”.

“Seguir Cristo exige renúncias e compromete- ‘Vai e faz tu também o mesmo’. Esforça-te por ser sinal e viver a ‘vida nova’ a que somos chamados. Tem sempre presente que a caridade pastoral é o caminho para a perfeição sacerdotal”, disse D. António Moiteiro ao novo sacerdote diocesano.

Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o prelado explicou que “mais do que partilhar perguntas” hoje é necessário “partilhar respostas” e ajudar “mutuamente na procura de Deus”.

“A paixão por Deus, a compaixão pela humanidade e a vida fraterna são três grandes pilares que configuram a vida do sacerdote”, referiu o bispo diocesano, acrescentando que o presbítero tem de “ser sinal, fermento, ‘motor’” que possa ajudar outros a abrir caminhos novos do Evangelho.

Na ordenação a que presidiu na Catedral de Aveiro, D. António Moiteiro destacou que a oração tem um “papel primordial na vida do sacerdote” na sociedade atual “mais do que nunca” porque o “ruído ambiental” leva a ter que estar atentos a essas realidades e a “ajudar as pessoas a ‘mergulhar’ na sua vida interior”.

“A educação para a interioridade é fundamental na nossa vida pessoal e na vida das comunidades cristãs”, observou.

O prelado relembrou também que a liturgia deste domingo, sobre ‘O bom samaritano’, remete para a “contemplação da misericórdia de Deus”, o centro da mensagem de Jesus que ao contrário dos fariseus e doutores da lei “não se afasta dos pecadores: Come e convive com eles”.

D. António Moiteiro referiu que o próximo “não é apenas o que está perto ou que pertence ao mesmo povo ou raça, ou à mesma família” mas próximo é todo o que precisa de alguém que “se aproxime, em virtude de se encontrar carente ou marginalizado”.

“O mandamento da misericórdia orienta não só a vida do cristão mas também a Igreja no seu conjunto. A Igreja não é uma agência de serviços sociais mas sacramento da permanente e eficaz presença de Cristo no mundo, isto é, sacramento da misericórdia”, desenvolveu o prelado na Catedral de Aveiro.

O bispo terminou a homilia a agradecer e felicitar “à família, à comunidade paroquial de Recardães e outras” o agora padre Gustavo Fernandes estagiou e leu uma oração inspirada em Santa Teresa de Jesus que “descreve a missão de sacerdotes”.

CB

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Agência ECCLESIA

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