«Só Deus sabe o que vai acontecer na nossa vida», afirma o selecionador nacional de futebol ao recordar o seu percurso de vida, em destaque na emissão de domingo do Programa ECCLESIA, na Antena 1
Lisboa, 09 jul 2016 (Ecclesia) – O percurso de vida e de fé de Fernando Santos, selecionador nacional de futebol, vai estar em destaque este domingo na emissão do Programa ECCLESIA na Antena 1 da rádio pública.
No dia da final do Campeonato da Europa de Futebol, o programa recorda uma conversa em que o treinador desvenda também como começou a sua relação mais próxima com a fé e a Igreja Católica.
“Não vale a pena projetar, porque só Deus sabe o que vai acontecer na nossa vida”, confessa.
Fernando Santos fala dos seus dois anos de profissional como futebolista, no Estoril e no Marítimo; mudanças familiares levaram a que regressasse ao Estoril, onde acabou por acumular o futebol com o trabalho de engenheiro na manutenção de um hotel.
A “carreira” de engenheiro acabou em 1997 para se dedicar a tempo inteiro ao futebol, como treinador.
As datas são, aliás, uma especialidade: sabe a data do seu Batismo, como recomenda o Papa Francisco, e recorda 1994, o ano em que foi despedido do Estoril, como ponto de viragem na sua vida.
Apesar de ser proveniente de uma família cristã e ter tido uma educação católica, Fernando Santos desde cedo se afastou da Igreja, “mas a referência ficou”.
Num momento difícil da sua carreira, em que colocava tudo em causa, Cristo reentrou na sua vida através da sua filha, que então se preparava para o Crisma, e de um convite dos amigos para fazer um cursilho de cristandade.
“Esse talvez tenha sido um dos momentos fundamentais da minha vida, esse 11 de março em que eu saio do Estoril, de alguma forma acaba por levar-me a ser treinador de futebol, hoje tenho a certeza, e também me leva seis dias depois a encontrar Cristo, isso foi a mudança total na minha vida”, confidencia.
É essa relação com “Cristo vivo” e a vivência dos seus valores no mundo do futebol que Fernando Santos tem procurado desde então, mesmo dentro do balneário e no limiar de cada desafio de futebol.
“Sempre antes do jogo entrego a minha equipa, ofereço-a a ele, que nos dê a força, a concentração, que leve os meus jogadores a estarem motivados”, realça o selecionador nacional, que acredita num “Portugal campeão europeu”.
A participação da seleção portuguesa no Campeonato Europeu de Futebol, cuja final de disputa este domingo em Paris, é também abordada por José Carlos Lima.
Para o coordenador do Plano Nacional de Ética no Desporto, é importante sublinhar “a dimensão simbólica de representar um povo, uma nação, e um conjunto de valores que isso acarreta, de um povo tolerante, que sabe competir, de um povo que respeita o adversário, que estima também a diversidade”.
PR/OC