Portugal: D. Tomaz da Silva Nunes recordado como homem de cultura, diálogo e serviço

Homenagem a antigo bispo auxiliar de Lisboa realizou-se no Centro Nacional da Cultura

Lisboa, 05 mai 2016 (Ecclesia) – O antigo presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã (CEEC) e bispo auxiliar de Lisboa, D. Tomaz da Silva Nunes, foi recordado como um homem “de cultura”, “diálogo” e “serviço” numa homenagem no Centro Nacional de Cultura (CNC).

“[D. Tomaz da Silva Nunes] era uma espécie de homem dos sete ofícios que pautava a sua vida pelo rigor e exigência e disponibilidade total para fazer pontes e estabelecer consensos fáceis para questões, muitas vezes complicadas”, disse presidente do grande Conselho do CNC, esta quarta-feira, em Lisboa.

Na abertura da homenagem, Guilherme d’Oliveira Martins recordou o bispo auxiliar de Lisboa, falecido em 2010, como “alguém que teve um papel muito importante na salvaguarda do património cultural”.

O sítio online ‘Educris’, da Comissão Episcopal da Educação e Doutrina da Fé, contextualiza que a homenagem a D. Tomaz da Silva Nunes integrou o ciclo de conferências ‘Misericórdia e diálogos – chamados à coragem’ que o Centro de Reflexão Cristã promove durante o mês de maio.

A diretora do departamento da Catequese do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) recordou o prelado a partir do lema do seu episcopado ‘Vim para Servir’.

“D. Tomaz tinha, por estrutura da personalidade que brota da fé, uma maneira notável e uma capacidade de ser multifacetado nas linguagens consoante o público-alvo sem nunca alterar a substancia do que acreditava”, destacou Cristina Sá Carvalho.

A psicóloga que trabalhou com o antigo presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã lembrou o “homem de diálogo, próximo das pessoas, enraizado na Doutrina Social da Igreja” que lhe permitia uma postura de “construtor de ‘redes’” nas áreas da evangelização e da educação.

A diretora do departamento da Catequese do SNEC assinalou também que D. Tomaz da Silva Nunes tinha “uma visão muito ampla da Igreja” e dava “muita importância” à formação de cada pessoa promovendo uma escola que fosse lugar de “formação integral e integrada”.

Para a responsável da catequese, o prelado foi um “defensor da liberdade ética e da dimensão espiritual do ser humano” e disse acreditar que “abriu uma autêntica ‘escola’ na Igreja Conciliar” onde a hierarquia “significa ter mais responsabilidade e capacidade de serviço”.

No Centro Nacional de Cultura, adianta o ‘Educris’, foi lida também uma mensagem do cónego António Rego que lembrou as muitas ocasiões onde “as dificuldades e certezas” foram “partilhadas e rezadas em oração” com o antigo presidente da CEEC de quem se assinala a “preocupação pela causa da educação que investigava com tenacidade e discernimento”.

O sacerdote “amigo de longa data” do bispo auxiliar de Lisboa recordou-o como “um sábio discreto”: “Um padre sem tiques clericais com uma visão alargada do mundo dotado de uma grande afetividade e fidelidade crítica à Igreja neste tempo.”

D. Tomaz Nunes nasceu em Lisboa a 3 de dezembro de 1942 e licenciou-se em Ciências Geofísicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e em Teologia pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa; era também Mestre em Ciências da Educação pela mesma Universidade, com especialização em Administração e Gestão Escolar.

CB

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