Cidade do Vaticano, 26 abr 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco dirigiu uma carta aos detidos na prisão de Velletri, arredores de Roma, aos quais pediu que “não se fechem no passado” mas transformem o tempo na prisão “em caminho de crescimento, de fé e de caridade”.
“Vocês vivem uma experiência na qual o tempo parece estar parado, parece que não passa nunca, mas a dimensão real do tempo não é a do relógio. Estejam certos de que Deus nos ama pessoalmente”, escreveu.
Na carta aos presos do Estabelecimento de Velletri, nas proximidades de Roma, Francisco observa que para Deus “a idade e cultura não têm importância” nem mesmo as coisas que eles fizeram, as metas que alcançaram, os erros que cometeram, as pessoas que feriram”.
O Papa pediu aos detidos que deem a Deus a “possibilidade de fazê-los brilhar” através da experiência que estão a viver.
“Na história da Igreja, muitos chegaram à santidade através de experiências duras e difíceis”, assinalou Francisco, convidando-os a abrir a “porta de seu coração a Cristo e será Ele a reverter a sua situação”.
A missiva do Papa argentino é uma resposta à mensagem recebida por D. Marcello Semeraro, bispo de Albano (Itália), quando celebrou a Eucaristia numa visita à prisão, a 5 de março.
“Agradeço por pensarem em mim no meio das dificuldades da sua vida atual. Confesso que também muitas vezes penso em vocês e nas pessoas que vivem nas prisões”, revelou ainda Francisco.
O Papa explica que é por isso pensar nos presos que nas visitas pastorais, “quando é possível”, pede para encontrar-se com quem vive “uma liberdade com limites” para “levar carinho e proximidade”.
A Rádio Vaticano informa que a prisão de Velletri foi construída em 1999 e conta com 505 presos em dois pavilhões.
CB