Conselho Nacional da Pastoral Juvenil realizou-se em Fátima
Fátima, Santarém, 12 abr 2016 (Ecclesia) – O Departamento Nacional da Pastoral Juvenil reuniu-se em Fátima para analisar o tema ‘Bem-Aventurados os misericordiosos… a Polónia e o jubileu dos jovens’, tendo como convidados o fundador do Centro Cultural Internacional de Cracóvia e o embaixador polaco.
À Agência ECCLESIA, o embaixador da Polónia em Portugal destacou que nos últimos anos viveu-se uma austeridade não só financeira mas também “austeridade dos valores, das ideias” e a Jornada Mundial da Juventude vai ser uma oportunidade para os jovens “procurar, encontrarem ideias que podem animar, dar sentido à vida por muitos anos”.
“No mundo da austeridade, no mundo de cultos de quase tudo, não só do capital mas das emoções, da empatia, nós pensamos que a Polónia pode oferecer experiência de comunidade, de missão, de sentido de vida, e uma experiência de importância”, acrescentou Bronislaw Misztal, em Fátima.
Neste contexto, o político considera também que as Jornadas Mundiais da Juventude vão ser, “sem dúvida, o maior encontro mundial dos últimos anos” como “oportunidade de comunicação entre os jovens de todo o mundo”.
“Vai estar uma oportunidade dos jovens ouvir o Papa Francisco diretamente, vai ser a oportunidade extraordinária de estar no mesmo lugar com dois Papas ao mesmo tempo”, observou sobre a terra natal do Papa São João Paulo II.
O Conselho Nacional da Pastoral Juvenil, que reúne responsáveis diocesanos e de movimento, teve também como convidado o Fundador do Centro Cultural Internacional de Cracóvia que apresentou uma mensagem “não só” de quem espera os jovens mas de uma cidade que “está feliz”.
“Não é coincidência que o episcopado polaco e o Papa tenham decidido organizar a JMJ em Cracóvia, um lugar “não só fortemente ligado” ao Papa João Paulo II mas o “local que à dimensão polaca é a capital espiritual do país e o local onde a vida religiosa era muito importante”.
Na Casa São Nuno, este sábado, o professor Jacek Purchila mostrou-se “convencido” que esses encontros são a “melhor maneira de provar que a unidade europeia é também uma prática”.
“Viajar de Portugal para o outro lado da Europa vai ser a oportunidade de partilhar os valores e descobrir as diferenças sobre a nossa experiência, especialmente do século XX, com o genocídio, Auschwitz tão próxima de Cracóvia; incluindo a lição do comunismo que é algo exótico da perspetiva portuguesa”, disse o historiador de arte e economista.
Para Jacek Purchila, fundador do Centro Cultural Internacional de Cracóvia, a Jornada Mundial da Juventude na Polónia, com a presença do Papa, é uma oportunidade para “enviar a mensagem” que se deve lutar por uma “Europa unida” e que se deve “lutar por defender os valores comuns”.
O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, o padre Eduardo Novo, disse que os convidados mostraram como a cultura e a história “envolvem”: “A simbiose entre os dois países, a devoção mariana, esta atitude e envolvimento e de comunidade que nos toca”.
D. Joaquim Mendes, vogal da Comissão Episcopal do Laicado e Família, presidiu ao Conselho Nacional da Pastoral Juvenil nos dias 08 e 09 de abril, na Casa São Nuno, em Fátima.
JCP/CB