Lisboa, 31 mar 2016 (Ecclesia) – Milhares de pessoas estiveram nas ruas do Paquistão até esta quarta-feira para pedir a execução de Asia Bibi, cristã acusada de blasfémia, e a implementação da lei islâmica no país.
A manifestação acontece depois de, no Domingo de Páscoa, um atentado bombista ter matado dezenas de pessoas, muitas delas mulheres e crianças, junto a um parque infantil.
Asia Bibi está presa há cerca de sete anos e o vice-presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, pediu por escrito à alta representante da União Europeia para a Política Externa, Federica Mogherini, que as instituições comunitárias atuem “quanto antes” para evitar a execução da cristã.
O caso de Asia Bibi remonta a 2009 quando foi condenada à morte por enforcamento, alegadamente por blasfémia contra o profeta Maomé na sequência de um desentendimento com duas irmãs muçulmanas.
As mulheres que trabalhavam com Asia Bibi foram ter com um responsável religioso e acusaram a cristã de proferir blasfémias contra o profeta Maomé.
A chamada “lei da blasfémia” refere-se ao artigo 295, B e C, do Código Penal paquistanês, cuja secção B refere-se a ofensas contra o Alcorão que são puníveis com prisão perpétua; e a secção C a atos que enxovalham o profeta Maomé, puníveis com prisão perpétua ou com a morte.
OC
