Ataque terrorista matou outras 12 pessoas
Cidade do Vaticano 05 mar 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco enviou uma mensagem de condolências pelas vítimas do atentado terrorista no Iémen, 4 religiosas Missionárias da Caritade e 12 colaboradores da comunidade, um “ato de violência sem sentido e diabólica”.
“O Papa Francisco ficou chocado e profundamente triste ao saber da morte de quatro Missionárias da Caridade e outras 12 pessoas num lar de idosos em Aden. Ele assegura as suas orações pelas vítimas e a sua proximidade espiritual para com as suas famílias e todos os que sofreram com este ato de violência sem sentido e diabólica”, refere a mensagem assinada pelo cardeal secretário de Estado do Vaticano.
Esta sexta-feira, o vigário apostólico para a Arábia meridional, D. Paul Hinder, revelou à agência AsiaNews que pessoas em uniforme entraram no convento e o asilo fundado por Madre Teresa de Calcutá na cidade de Aden, matando o guarda e os empregados que se atravessaram no seu caminho.
“Depois chegaram às irmãs e dispararam: quatro morreram e uma delas conseguiu esconder-se, salvando-se. Agora está num local seguro”, refere o responsável católico pelo território, para quem o ataque tem “motivos religiosos”.
As vítimas eram naturais da Índia, Quénia e Ruanda (duas religiosas).
Na mensagem publicada hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé, Francisco pede que todas as partes do conflito "renunciem à violência, renovem o seu empenho com o povo do Iémen, especialmente os mais necessitados", que as Missionárias de Madre Teresa "têm tentado servir".
“Ele reza para que esta matança sem sentido desperte as consciências, leve a uma mudança do coração e inspire todas as partes a depor as armas e iniciar o caminho do diálogo”, refere a mensagem que o cardeal Pietro Parolin subscreve, em nome do Papa.
De acordo com a Rádio Vaticana, os atacantes terão também sequestrado o padre Tom Uzhunnalil, um sacerdote salesiano indiano que vivia na comunidade e que, na ocasião do atentado, "estava na capela a rezar".
O sacerdote encontrava-se no convento depois de a sua igreja da Sagrada Família, em Áden, ter sido saqueada e incendiada por homens armados não identificados, no passado mês de setembro.
Para D. Paul Hinder, estes atentados são um “sinal claro” de perseguição por causa da religião.
RV/PR