Lisboa: Cardeal-patriarca convida a acolher quem procura refúgio, de perto e de longe

D. Manuel Clemente reflete sobre as Obras de Misericórdia durante a Quaresma

Lisboa, 19 jan 2016 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa apelou à atenção ao que procuram refúgio, sejam os de mais perto como os “refugiados do Próximo Oriente ou do norte de África”.

“Há uma obrigação concreta e uma atenção precisa às necessidades que, às vezes, não estão assim tão longe de nós nem dos espaços onde habitamos, nem das ruas que percorremos de dia ou de noite”, observou D. Manuel Clemente, no segundo apontamento catequético da Quaresma 2016.

No vídeo divulgado hoje pelo Patriarcado de Lisboa, o prelado explica e atualiza duas Obras de Misericórdia – ‘vestir os nús’ e ‘dar pousada aos peregrinos’ -, recordando que também nas “circunstância atuais da Europa”, e em espaços do mundo mais próximo, há muitas pessoas que “emigram e alguns deles trazem necessidades absolutas”.

“[Necessidade] de serem acolhidos, albergados e correspondidos pela nossa solicitude”, acrescenta, concretizando com o “drama imenso” dos refugiados.

“Interpelam a nossa consciência de cidadãos e membros de uma sociedade, que o queira ser, em que as pessoas sejam próximas umas das outras, pois tudo isto dá uma particular acuidade a estas Obras de Misericórdia de ‘vestir os nus’ e ‘dar pousada’, abrigo”, desenvolveu D. Manuel Clemente.

O cardeal-patriarca assinala que a terceira e quarta Obras de Misericórdia embora parecendo “distintas são muito coincidentes” porque todo o ser humano precisa de se “proteger do tempo, do frio, da chuva” mas necessita também de “ter um teto onde se abrigue”.

“Não é preciso sairmos das nossas cidades, vilas e aldeias, para reparar que há muita gente mal abrigada porque não tem uma habitação que corresponda a esta necessidade básica de viver, protegido, revestido e abrigado quer na roupa”, desenvolve.

D. Manuel Clemente sublinha ainda que quando as Obras de Misericórdia quando tiveram a sua formulação, “em séculos passados”, muitos peregrinos eram-no também “no sentido de ir a um local espiritual” e, hoje, “são de muita ordem”.

“Não apenas antigos e modernos mas o que nos procuram à busca de refúgio, proteção, morada, sejamos particularmente atentos, nesta Quaresma 2016”, conclui o cardeal-patriarca de Lisboa.

CB/OC

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