Paulo Rocha, Agência ECCLESIA
Entre o mês de maio de 2015 e o de 2016, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima está a percorrer todas as dioceses de Portugal. Uma iniciativa que se insere no itinerário de preparação para a celebração do centenário das Aparições na Cova na Iria, cujo programa de atividades e princípios orientadores de um conjunto de iniciativas, religiosas, culturais e artísticas, foram apresentados detalhadamente nos últimos dias.
A presença da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima em todo o território português tem sido um “despertador” de convicções religiosas de mulheres e homens, grupos e comunidades. Tanto na visibilidade dos itinerários de rua como nos encontros junto de colaboradores e utentes de muitas instituições, nos templos e nas prisões, nos lugares de fé e nos mais variados ambientes do quotidiano, a passagem da Imagem Peregrina tem revelado marcas de uma identidade que o tempo não apaga! Mesmo nas circunstâncias em que não é manifestada e até absorvida por opiniões aparentemente dominantes na praça pública.
Nesta como noutras peregrinações com Maria, a capacidade de convocar multidões é sempre motivo entusiasmo e espanto. Entusiasmo naqueles que ousam seguir um itinerário que acontece num ambiente de luz, no simbolismo de pequenas velas e na luminosidade em que se transformam percursos de vida, e espanto provocado pela distância e escuridão gerada pela recusa dessa experiência.
A celebração do Centenário das Aparições de Fátima é uma oportunidade para novas partilhas dessa história, desde os acontecimentos fundantes. Agora, também pela arte, a música, a imagem, o digital. Tudo para que “nenhum peregrino se sinta excluído”. É com essa determinação que o reitor do Santuário de Fátima se refere ao programa que vai assinalar o centenário, em 2017, com o objetivo de “proporcionar ao peregrino uma experiência feliz de Fátima”, que se estende, cada vez mais, a todos os locais onde a Mensagem se celebra, vive e recria.
O ambiente do Santuário da Cova da Iria não é exclusivo de um local, mas de uma pessoa, Maria, e de uma experiência, Deus que é Mãe. Fátima vive-se, por isso, em muitos locais, em todos os lugares onde vibram os desafios de uma Mensagem, que impossibilita a indiferença a quem ousa aproximar-se, acender uma vela, iniciar o percurso de um peregrino. Em todos os recantos do mundo como nos de Portugal.
A presença da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima na cidade e no campo, nos espaços sagrados e profanos, junto de quem a evoca, dos que a desconhecem e sobretudo dos que sofrem, de quem está doente, comprova a permanente procura de sentido, referências, sinais, pistas, orientações junto de quem é Mãe.
Fátima é mais do que um lugar, é uma luz!
Paulo Rocha, Agência ECCLESIA