Cidade do Vaticano, 28 jan 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco explicou hoje na Eucaristia que o coração do cristão “é magnânimo” porque abre os braços para “acolher todos com generosidade” uma vez que quem “recebe a luz no Batismo deve doá-la”, ser testemunha de Jesus.
“Quando você entra na luz de Jesus, entra em amizade com Jesus e deixa-se guiar pelo Espírito Santo o coração torna-se aberto, magnânimo. O coração cristão não se fecha no próprio egoísmo ou mede-se até aqui, até além”, disse Francisco, na Capela da Casa de Santa Marta.
A partir do Evangelho do dia, de São Marcos (4, 21-25), o Papa explicou que “o mistério de Deus é luz” que não se coloca “debaixo de um caixote ou da cama” mas “num candeeiro para iluminar” afinal ser testemunha é uma das características do cristão que “recebe a luz no Batismo”.
“Um cristão que carrega esta luz deve mostrá-la, porque ele é uma testemunha. Quando um cristão prefere não mostrar a luz de Deus mas prefere as próprias trevas, estas entram no seu coração porque tem medo da luz”, desenvolveu o pontífice argentino.
Neste contexto, alertou que os ídolos, “que são trevas”, são mais apreciados porque falta alguma coisa e “não é um verdadeiro cristão” porque não é testemunha de “Jesus Cristo, Luz de Deus”.
“O cristão não ganha, perde, mas perde para ganhar outra coisa, e com essa derrota de interesses, ganha Jesus, ganha se tornando testemunha de Jesus”, sublinhou Francisco.
A Igreja celebra hoje a memória de Santo Tomás de Aquino e com o Papa concelebraram sacerdotes que festejaram 50 anos de ordenação, divulga a Rádio Vaticano.
“Para mim é uma alegria celebrar hoje com vocês que completam 50 anos de sacerdócio: 50 anos no caminho da luz e do testemunho, procurando ser melhores, levar a vela ao candelabro”, assinalou o Papa.
Francisco agradeceu o que estes sacerdotes ao longo de 50 anos fizeram “na Igreja, pela Igreja e por Jesus” recebendo as pessoas com “magnanimidade, bondade de pais, de irmãos”, sendo que “muitas tinham o coração um pouco escuro” e foi-lhes oferecido a “luz de Jesus”.
“Que o Senhor lhes dê a alegria, esta grande alegria de ter semeado bem, de ter iluminado bem e aberto os braços para receber todos com magnanimidade”, concluiu o Papa Francisco.
RV/CB