Guarda: Bispo destaca «esperança» do Natal num mundo fraterno e igualdade

Guarda, 29 dez 2015 (Ecclesia) – O bispo da Guarda, a partir do profeta Isaías, explicou que o Natal traz a “esperança” de que o “jugo mas também o madeiro” que pesa sobre o povo, de guerras e exploração, terminem, na Sé.

Na homilia da Noite de Natal enviada hoje à Agência ECCLESIA, D. Manuel Felício observa que “continuam a ser despejadas bombas” sobre populações indefesas e a ser derramado sangue inocente.

“Continuam a existir pessoas, grupos de pessoas e mesmo povos inteiros subjugados por interesses de quem tem poder baseado na força ou então simplesmente baseado na manipulação dos mercados”, alertou o prelado, revelando que o Natal “traz mais uma vez a esperança de tudo vir a acabar”.

Segundo o bispo da Guarda, Jesus veio inaugurar um “mundo novo marcado pelo direito e pela justiça” e escolheu o caminho da “humildade e a pobreza” para ir ao encontro de todos.

“Fazendo-se fraco, com os fracos, pobre com os pobres e chegando a partilhar a marginalidade com os marginais para os encaminhar rumo à plena inclusão social”, acrescentou.

Na homilia da Vigília de Natal, D. Manuel Felício explicou que este tempo pede “temperança, contenção” no uso dos bens materiais ou recursos que a natureza oferece.

Neste contexto, sublinhou que a Encíclica ‘Laudato Si’, do Papa Francisco, as propostas finais do encontro sobre mudanças climáticas de Paris “chamam à responsabilidade” quanto a modelos de vida e de consumo que “tornem o mundo sustentável e façam dele desejada casa comum para as gerações atuais” e futuras.

“Não vivemos para o consumo de bens materiais. Servimo-nos deles para vivermos a vida com dignidade e criarmos relações boas uns com os outros. Por outras palavras, nós não vivemos para comer, mas sim, comemos para viver”, desenvolveu o prelado.

D. Manuel Felício recordou ainda que o Natal é a festa das famílias e desejou que cada família – marido e esposa, pais e filhos, irmãos e outros – “diante do Presépio”, saiba “redescobrir” a sua responsabilidade na condução da sociedade para objetivos de justiça, de temperança e de piedade.

“E sobretudo se interrogue sobre a obrigação de ser escola de vida para todos os seus membros”, acrescentou o bispo da Guarda.

CB/OC

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