Lamego, Viseu, 14 dez 2015 (Ecclesia) – O bispo de Lamego abriu este domingo a Porta Santa do Jubileu da Misericórdia, na catedral diocesana, e sublinhou o simbolismo de atravessar esta porta, comparando ao gesto de voltar a casa.
“É com certeza porque uma grande emoção se apodera de nós e nos aperta ou alarga o coração, quando, vindos de longe e de há muito tempo, transpomos o umbral sagrado da casa paterna e materna. Ali está o pai, ali está a mãe, ali estão os irmãos e as irmãs, ali está a mesa e a lareira acesa, ali está o pão, o cão e o gato, ali está a alegria sagrada de nos sentirmos rodeados de ternura com um certo calafrio à mistura”, referiu D. António Couto, na homilia da celebração, enviada hoje à Agência ECCLESIA.
Quando se entra em casa, acrescentou, “de longe e de há muito tempo”, há “alegrias, lágrimas e emoções para partilhar, há histórias para ouvir e para contar”.
“Sim, esta é a nossa casa, e aquela porta de entrada tem a espessura do amor e da ternura. É preciso atravessá-la devagar, não vamos tropeçar em alguma pequena lágrima caída. Aquela porta de entrada leva apenas um passo a transpor. Mas não podemos deixar lá fora a dor e o amor”, sublinhou D. António Couto.
OC