Vaticano: Papa assinalou Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres

Francisco recebeu vítimas de maus-tratos e de tráfico humano

Cidade do Vaticano, 25 nov 2015 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje no Vaticano 11 mulheres com seis crianças, provenientes de uma Casa de Refúgio para vítimas de violência doméstica e tráfico de seres humanos, acolhidas por uma congregação religiosa na Itália.

Francisco quis assim assinalar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, ao início da manhã, antes de partir rumo à sua primeira viagem apostólica à África.

Segundo uma nota da Esmolaria Apostóilica, que promoveu o encontro, as mulheres eram provenientes da Itália, Nigéria, Ucrânia e Roménia, tendo passado por situações de violência doméstica e de exploração para fins de prostituição.

A 24 de junho, o Papa Francisco alertou no Vaticano condenou a violência doméstica, admitindo que a separação pode ser “inevitável” para defender as vítimas.

“Há casos em que a separação é inevitável. Por vezes, pode tornar-se mesmo moralmente necessária, quando se trata precisamente de poupar o cônjuge mais fraco ou os filhos pequenos às feridas mais graves causadas pela prepotência e a violência, a humilhação e a exploração, a alienação e a indiferença”, declarou, numa audiência pública semanal que reuniu dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro.

O relatório final do Sínodo dos Bispos sobre a família, publicado a 24 de outubro, deixou uma mensagem de solidariedade às vítimas de violência doméstica e de maus-tratos.

“A prevenção e a resposta aos casos de violência familiar exigem uma colaboração estreita com a justiça para agir contra os responsáveis e proteger adequadamente as vítimas”, refere o documento entregue a Francisco.

Em setembro, a Comunidade de Santo Egídio iniciou atividades junto dos bairros de Alfama e da Mouraria e um dos projetos que visa implementar é a chamada 'Escola da Paz', com especial atenção às crianças de famílias marcadas pela violência doméstica.

27 mulheres foram assassinadas este ano, a maioria com armas brancas e de fogo, utilizadas pelos maridos ou companheiros, revelam dados do Observatório de Mulheres Assassinadas hoje divulgados.

OC

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